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quarta-feira, 25 de julho de 2007

Com o saco arrastando no chão

Odeio TPM. E acho que vivo de TPM. Mas aqueles primeiros dias de menstruação são um saco. Tenho dois dias que não durmo direito, com dores nas pernas. Cada uma pesando uns 20 quilos. Acordar no outro dia e calçar um scarpin é pra se fuder. Visitar cliente de manhã cedo é pra se fuder. Enfim, viver, respirar, existir no primeiro dia de menstruação é pra se fuder.
Pior é quando dou pra chorar. Chorei dois dias inteiros. Tudo parecia o fim do mundo. Sentia falta até do pão da padaria lá da esquina de casa, aquele pão ruinzão. Me sentia só, perseguida e esquecida pelo mundo. "Oh, Deus, me leve."
Além disso, eu que em toda minha existência, nunca havia experimentado um Tampax, resolvi tentar. Acostumada com o Ob, acho que nunca tinha usado um aplicador na vida. E como pode um funcionar tão bem e outro não servir pra nada?? E só pra fazer mais uma pergunta, porque o diacho do Tampax é tão comprido??
Eu nunca mais compro Tampax.
Aí a gente chega em casa de TPM, estressada, cansada, com dor e chorando, reza pra que algum amigo apareça no msn e lhe compreenda, lhe dê apoio nessa hora em que o mundo fede, o mundo é uma bosta ambulante, um cocôzão enfiado no palito.
Jacaré acha algum amigo pra dar esse apoio??
Nananinanão.
A gente acha é um monte de gente que se estivesse no nosso lugar seria brilhante, inesgotável, apodrecendo de tanta maturidade, pau pra toda obra, que tiraria de letra. Pimenta no cu dos outros é refresco.
E hoje que passou os primeiros sintomas da TPM, ou seja, a fase da tristeza e melancolia, estou na fase dois: Sangue e Revolta. Ou seja, tenho uma cachoeira transbordando dentro de mim e me revolto contra o mundo. Primeiro, que homem também devia menstruar. Devia saber o que a gente sente quando estamos naquele dia mega atarefado, quase sem tempo de ir ao banheiro e amaldiçoamos cada vez que temos que parar tudo porque o diacho do boi (boi, boi mesmo, cacete, o blog é meu.) está inundando nossa vida. De se sentir num parto em cada xixizão.
É a hora da revolta: revolta por ser mulher, revolta pela pela que fica horrível nesa fase, revolta por que fulaninho disse que ia ligar e não ligou, revolta pelo amigo super homem que deveria te audar e não te ajudou. Revolta. Daquelas que faz a gente clamar por sangue, sangue, sangue!!
Ou daquelas que faz a gente escrever um post inteiro somente pra dizer que, só por hoje, eu quero que se foda.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Saudade faz chorar

Gimme a break.
A frase do meu msn parece impossível de se realizar. Ando cansada, estressada, corrida, a mente a mil. E hoje, parece que alguma válvula abriu, e me vi chorando. Muito.
Chorei lembrando da minha família, lembrando que faz um ano que estou aqui, perdendo de acompanhar de perto meu irmão crescendo, meus pais envelhecendo, de ajudar minha mãe com o apartamento novo, deixando que minha cachorrinha nem me reconheça mais.
Chorei com saudade dos meus amigos, de tomar uma cerveja com eles, de termos histórias pra contar, histórias que vivemos juntos, de telefonema diários, de fotos atuais, do perfume de cada um deles, da risada escandalosa de alguns.
Saudade de beijo e de abraço ao invés de posts e mensagens de celular pelo Dia do Amigo.
Um ano aqui. Me sinto só. E cansada. Ando sem tempo pra mim. Com saudade de sorrir diariamente, não me adaptando ao novo ambiente de trabalho, aos novos métodos de trabalho.
A que custo tudo isso, meu Deus?
Hoje rezei e chorei tanto. E a cada reza, eu sentia que Ele me enviava uma mensagem de força, as coisas iam fluindo... e mesmo assim, nada era capaz de estancar essa saudade.
Consegui uns pontos a mais para a meta, uma velhinha me disse coisas amáveis no trabalho, Mr Commited ligou... enfim, o que eu podia ter para me fazer sentir menos esquecida pelo mundo, eu tive.
E nada foi suficiente para fazer parar de doer essa saudade.

domingo, 22 de julho de 2007

Confusa

Leia o post anterior. Leu? Pois bem, quando eu acabei de escrevê-lo, meu telefone tocou. Era ele, dizendo que estava aqui na rua, pra gente tomar uma. Questão de dois minutos ele interfonou, o que prova que já estava aqui na frente do prédio. Subiu. Conversamos, contamos piadas, vemos Tv, ficamos de mãos dadas. Podia ter terminado aí, eu ficaria feliz e contente por tê-lo visto, criaria ilusões e passaria a semana apaixonada. Mas não foi assim.
Acontece que ele chegou aqui quase meia noite. Foi entrando, olhando a casa, dizendo que tinha saudade daqui. Tipo: Ohhh minha rede.. ohhhh minha caminha... e eu com cara de "Traduz, faz favor." Algum tempo depois, estávamos nos beijando, nos embolando pelo tapete da sala. Não sabia o que estava acontecendo, não entendia por que ele estava ali, naquele horário, sem se preocupar com mais nada. Cheguei a perguntar quando acabaria a condicional dele, me referindo ao tempo que ele tinha pra ficar aqui em casa, mas ele respondeu "Falta pouco, visse", achando que eu havia perguntado do casamento. Não dei corda à conversa, não quis me dar ao papel de iludida, com uma faixa na testa dizendo: "Estou esperando você acabar com essa palhaçada." Mas, por outro lado, me dei ao direito de retribuir seus beijos e tudo mais.
E odiei. Odiei. Foi estranho, foi diferente de tudo que acontecia antes. Não sei explicar, mas quando acabou, queria que ele fosse embora. E, ao contrário dos meus desejos, ele resolveu ficar e dormir. Me recusei a acordá-lo, mais por maldade que complacência pelo seu cansaço. Por mim, ele ficaria uma semana inteira. Só sei que mais tarde acordou, disse que tinha que ir embora e foi. Quase três da manhã.
Acordei e quis esquecer a noite pela qual, na minha saudade, ansiava. Ele ligou à tarde e não atendi.
E o que pra ele deve ser o recomeço dessa história, está mais para o fim para mim.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Pata que paréo

Amiga que me contou que hoje conversou com o dito cujo sobre a vida pessoal dele. Que ele disse que não estava dando certo, que ele sabia que não ia aguentar por muito tempo, mas precisava tentar, que não queria sair da história com as pessoas dizendo que ele não tentou. Sei que surgiu meu nome na história. Que ele sente minha falta, mas que não tem me procurado pois tem medo. Medo de quê cara pálida?
Medo de que eu não queira mais. Ainda mais nessa situação. Mas que sente falta, que apesar de quase não nos vermos, que quando ele vê, que ele ainda sente alguma coisa. Que ele queria me ter de novo, mas que tem medo de minha reação, medo de me procurar, medo.

Pegue seu medo e enfie onde eu enfiei minha vergonha na cara. Sim, eu devo ter enfiado em algum lugar, que justificativa eu tenho pra aquela alegria que eu senti só em pensar em ter ele aqui comigo só mais uma noite??

Que puxa.

I have a question...

Será que esses pesadelos que eu andei tendo, onde eu batia as botas e abotoava o paletó, queria me anunciar a morte desse meu lado Carlista???
Sim, por que eu me recuso a suportar ACM Neto.
Nem pra chorar o cara presta.

Toninho Malvadeza


"Quem odeia é escravo do seu ódio, e por isso, muitos de meus inimigos são meus escravos".

"Vale para mim a frase que o poeta Augusto Frederico Schmidt colocou certa vez no bolso de Juscelino Kubitschek: 'Deus me poupou o sentimento do medo'. Até aqui, Deus não permitiu que me faltasse a coragem necessária para agir nos momentos decisivos de minha vida"

Cresci ouvindo verdades e histórias de ACM. Tinha até uma musiquinha que minha tia cantava: "Vestiu uma camisa listrada e saiu por aí... depois de dar um tapa na moça, chutou o guri... saía com o dinheiro no bolso e o chicote na mão... e sorria quando o povo dizia: Sossega leão"
Amar e odiar ACM era passatempo predileto dos Baianos. Os dois extremos baseados em desinformação. Pra mim, nenhum dos opostos se encaixava. Me divertia muito com sua personalidade, admirava a coragem e ousadia daquele homem, reconhecia o que ele fez de bom pela Bahia e amaldiçoava cada sabotagem que seu governo fazia para que obras de adversários.
Perseguições, polêmicas, ameaças, deboches, ou até o cabeça branca manso, subindo a colina sagrada faziam parte do cotidiano de Toninho Malvadeza.
Como político, inegável sua participação na história e sua contribuição para a Bahia. Como pessoa não ouso a julgar, apenas acho que hoje deve ser um dia de alívio para seus adversários.
Mas que não temos na política de hoje um cara com tamanhos culhões, nós não temos. Temos aqueles mornos, que fazem cara de manso, que tentam agradar a todos para conquistar votos, com cuecas lotadas de dinheiro. É claro que prefiro a personalidade impetuosa de quem desafiava, mesmo que violando painéis para ter a lista de quem perseguir.
Política e religião não se discute, mas a porra do blog é meu e nesse caralho eu escrevo que quero. Alguns gostam de dar o cú. Eu votava no ACM. E todo mundo que se foda, pois a Bahia já está fudida com essa perda. Perda, com d. Não com C, como chorou a baiana em pleno Jornal Nacional.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Coincidências

Sonhei com ele a noite toda, o que achei até bom, por que há dias que só faço sonhar que vou morrer, que sou baleada, que me despeço da minha mãe por estar marcada de morte. Então, sonhar com ele é lucro, presente divino. Se bem que eu sonhava que ele estava com a família na mesma casa de praia que eu. Retire o "presente divino".
Bom, hoje também ouvi uma música que sempre me faz lembrar dele. Sem explicações, basto pôr a letra:

Meu plano era deixar você pensar o que quiser
Meu plano era deixar você pensar
Meu plano era deixar você falar o que quiser
Meu plano era deixar você falar
Coisas sem sentido
Sem motivo, sem querer
Andei fazendo planos pra você!
Engano seu achar que fosse brincadeira
Engano seu
Aconteceu de ser assim, dessa maneira, e o plano é meu...
Mesmo sem motivo, sem sentido, sem saber...
Andei fazendo planos pra você...
Pra você eu faço tudo e um pouco mais
Pra você ficar comigo e ninguém mais
Largo os compromissos
Deixo tudo ao largo,
Você tenta em vão me convencer
Que é melhor não fazer planos pra você...
Meu plano era deixar você fugir quando quiser
Meu plano era esperar você voltar
Engano seu achar que o plano é passageiro
Engano meu...
Acho que o destino antes de nos conhecer
Fez o plano pra juntar eu e você
Pra você eu faço tudo e um pouco mais
Pra você ficar comigo e ninguém mais
Largo os compromissos
Deixo tudo ao largo,
Você tenta em vão me convencer
Que é melhor não fazer planos pra você...

E, chegando em casa mais cedo, o telefone tocando, é ele. Ligando, pra falar nada, pra conversar. De casa. De ca-sa.
Tô fudida. Ganhei um amigo.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Mais uma tragédia

Desde ontem que eu chego em casa e fico olhando as imagens na Tv daquele avião despedaçado, de pessoas chorando, desesperadas.

Tanta reportagem, tanta notícia, tantas imagens e eu me quedo sem palavras.

"Até quando?", acho que seria a única pergunta cabível.

Deus tenha pena de nós.

sábado, 14 de julho de 2007

Bloody Saturday

Feriadão, planos de ir pra Porto. Acordei cedão com o barulho da chuva. A felicidade não é para os pobres.
Fiquei em casa, fazendo e detonando as stellas da geladeira.

Programão, uga buga.

Chuta, que é macumba

Sexta feira à noite, vou pra um barzinho com uma amiga e ele aparece por lá. Claro que foi convidado, não por mim, mas ninguém apostaria um centavo pela presença dele. A coleira parece que afrouxou um pouco.
Depois do bolo que ele me deu, ele foi lá na agência. Fiz carinha de monstro pra ele, ele perguntou se eu tava chateada, que ele tinha mandado mensgaem avisando que não ia dar, se explicando. "Mermão! Não me conte seus problemas!! Tô puta com sua cara e pronto. Vaza, escorrega da minha mesa."
A meiguice em pessoa, me orgulho bastante desse meu lado brau.
Aí, ontem ele me aparece no barzinho, com aquela cara de santa puta, me olhando de canto de olho quando ninguém presta atenção.
Olha o celular de 15 em 15 minutos pra saber quanto falta pra expirar a condicional. Bate a perna na minha embaixo da mesa. Diz que está ficando louco, que quer sair, curtir e não aguenta mais. Que queria ir pra porto com a gente no fim de semana.
Faço pouco caso. Por dentro, claro.
Alguns me dizem pra eu devolver pro mar essa oferenda.
Outros dizem que se eu jogar essa macumba no mar, Iemanjá manda praga maior.
Vou ligar pra ele agora e perguntar, como quem não quer nada:
"Ô véi: por que você não morre hein???"

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Pega pra matar e come.

Sábado à noite, quando eu estava no teatro, ele ligou. Vi as ligações perdidas depois. Eram 11 horas da noite. Ou estava escondido no banheiro ligando pra mim, ou estava fugido de casa. Encontrou a porteira aberta e escapuliu.
Eu, no meu desespero de causa, quase querendo agarrar o coitado do Jackson Costa que me apareceu nú na peça, fiz o desfavor a mim mesma de retornar a ligação. E, castigo divino ou proteção, o infeliz da costela oca não atendeu. Caráleos. Mas, melhor assim.
Domingo ele nem thum. Segunda, terça, nada.
Hoje, ele liga.
E ele é dos insistentes. Liga até atender. E quand0 atendo ainda pergunta se estou "binando" ele. Bom, disse que ligou no sábado por que estava pensando em passar aqui para me entregar um documento que eu peço à ele há milênios. Certo. 23h de um sábado. Coisa mais prestativa de Deus.
E aí, ele fala: "Posso levar aí agora? Estou aqui no shopping, aproveito e passo aí."
Ué. Pode.
Eu pensei em descer até a portaria, pegar a porra do documento e conversar um pouco. Coisa de segundos, porque eu sei que a digníssima dele está esperando ele em casa, com uma colher de pau na mão. (Sim, pois soube que por causa daquela festa de trabalho que ele foi, ela passou três dias sem nem dar bom dia a ele.)
O simpático apareceu por aí???
Nem aqui.

Tomar no cú, velho.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Vixe Maria!

Fim de semana fui ver a peça baiana "Vixe Maria - Deus e o Diabo na Bahia", que estava passando aqui em Recife. Fui olhar nos jornais a programação pro fim de semana, nenhum jornal indicava a peça. Ainda bem que Régis viu na televisão.
Fomos lá, o teatro tava meio buuuuuu.... vaziozão. Assim, não sei se é sempre assim mesmo.. só sei que lá ba Bahia teatros vivem cheios. Talvez seja por que era uma peça baiana. Anyway... fui, adorei, demos muitas risadas. Quem não foi perdeu. Parênteses: Eu nunca tinha me atentado pra Jackson Costa. Ô homi bão. Eu lá, na fila do gargarejo, e o homem me aparece nú. Eu nessa seca mizerente, e ele nú. Quase subo no palco. Não subi porque do lado dele tava o Frank Menezes, também nú. Aí eu fiquei com medo. Fecha parênteses.

Vamos ao teatro, minha gente.

Algumas coisas são flores

E na sexta feira, quando eu estava vivendo mais um dia infernal, recebi um bouquet de rosas. Lindas, vermelhas.
Não, não foi de nenhum gatinho... (porra, vocês querem demais... arre!)
Foi da minha ex chefe. Para parabenizar por um ano de empresa e também para dizer: Força! Resista!

E eu resisti.

"Vamos amigo, lute...vamos amigo, ajude, senão a agente acaba perdendo o que já conquistou... vamos levante e grite, vamos levante agora... que a vida não parou, a vida não pára aqui, a luta não acabou e nem acabará, só quando a liberdade raiar..."

Ps: Porra, eu sei que essa música é do tempo do ronca. Mas eu gosto. Gosto de Edson Gomes. Está na trilha do filme Ó Paí Ó. Aliás, muito massa a trilha do filme. Eu indico.

Com o saco arrastando no chão.

É segunda feira e eu tô cansada feito o caralho.
A semana passada foi o que há de estressante. Minha nova chefa é um purgante. Ou o efeito, sei lá. Só sei que ela fode demais com minha paciência. Juro a vocês que semana passada deu vontade de arrumar as malas, jogar a toalha e dizer: Pronto, não brinco mais, vou embora desse inferno.
Mas parei pra pensar: devo mesmo jogar tudo pro alto por causa de uma alucinada?
É foda quando a gente sai de um lugar onde tem um ambiente bom de trabalho, um clima gostoso e vai parar num lugar onde se pode cortar o ar com uma faca. Eu tenho vontade de vomitar todos os dias. A louca está sempre fazendo reuniões, terrorismo, e há sempre um funcionário com uma lágrima nos olhos, vermelho de raiva, ou chorando escondido no banheiro. Eu mesmo tive vontade de chorar, na semana passada.
Mas decidi que não nasci pra ser infernizada. Se ela vai tornar meus dias difíceis, eu também vou ser uma pedra no sapato dela.
E estamos combinadas.

Vá fuder a puta que lhe pariu.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Gimme a Break

Ando sem tempo.
Minha vida está uma correria. Estou quase enlouquecendo. Fui promovida, mas tem promoção que parece castigo. Mas não vou render esse assunto.
Apenas justifico para quem sente falta dos posts diários. Queria ter tempo pra ver tv e não tenho.
Tá Phoda, assim mesmo, com Ph de Pharmacia.

Mas não esqueçam de mim. Prometo escrever todo dia lá do manicômio.

Voltem amanhã.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Pé de pato mangalô três vezes

Peço encarecidamente a vocês, leitores, que enviem para essa criatura que vos escreve qualquer amuleto de sorte: Pode ser um pé de coelho, um trevo de quatro folhas, aquela ferradura que não cabe mais nos vossos delicados pezinhos ou uma nota de 100 reais. (Tá, eu sei que não é amuleto.. mas ajudaria também... Vocês se apegam em cada detalhe....)

Explico: Tô numa maré de azar da porra. Tá foda. Vejam vocês que eu, ingenuamente, achei que estava com sorte quando acordei no sábado e vi que São Pedro fez uma exceção e nos brindou com uma dia lindo e ensolarado. Peguei meu Negãomóvel, e lá fui eu com a amiga Régis e a Giselle de Windsor rumo a Porto de Galinhas. U-hu.

Chegando lá, fomos andar de jangada. Barca furada dos cacetes. O jangadeiro só andou um tiquinho, largou a gente em cima de um monte de corais e a gente foi andando pelo meio das pedras. Da última vez que andei de jangada, o carinha lá largava a gente bem perto das piscinas, a gente descia da jangada com máscara e tudo, mergulhava, dava comida aos peixinhos... Belezinha de Creuza. Mas esse, não. Largou a gente lá, jogadas às pinaúnas, que nos espreitavam na torcida de nossa queda naquelas pedras afiadas, carregando nossas bolsas feito camelas.
Bom, como não podia deixar de ser, na hora em que tento subir na jangada, me desequilibro. Sem saber se caio pra trás, pro lado, pro outro, decido que devo cair de frente, de cara na jangada. Melhor quebrar os dentes do que morrer estrupiada, ou ficar com uma pinaúna enfiada na minha linda carinha. Nessa minha brilhante decisão, deixo cair a bolsa de praia. Molha carteira, molha a porra toda. Inclusive meu celular, que eu era super apegada e não pretendia trocar nos próximos dez anos. Ele nunca mais ligou. 1x0 pra zica.

Volto pra Recife injuriada por conta do celular. Resolvo fazer uma sauna pra relaxar com Giselle de Windsor. O plano era lavar os cabelos e ir pra sauna, e lá colocar um creme de massagem. Pois bem, lavo os cabelos e pego o elevador pra sauna, toda descabelada, com aquele cabelo que é lavado só no xampu, Bombril perde. Ah, sim: segurando uma toalha, de canga e biquini. Claro que justamente nesse dia tem que entrar um gatinho no elevador. Nunca entra nem barata. Mas nesse dia, tinha que entrar, não tinha graça. Ele entrou, me olhou assustado e ficou ali, no mínimo rezando pra que eu não puxasse conversa. 2x0 zica.

Chego na sauna, depois de passar por mais dois grupos de gatinhos que estavam na piscina (de onde caráleos surgiram esses homens, eu daria o cú pra descobrir!! Porra!!), fui pra sauna e me tranquei lá. Quando comecei a relaxar, PUFT! A bendita quebrou. Desço eu com cara de bunda. 3 x0 zica.

Resolvo ir no shopping ver se compro um celular novo. entro nas Americanas às 21:00hs. O simpático do atendente nem me olha. Moço, deixa eu ver esse celular aqui. Ele me dá o celular e começa a guardar os outros que estavam expostos numa caixa. Moço, deixa eu ver esse aí que tá na sua mão. Ele me dá o dele e toma o que eu estava vendo e GUARDA NUMA CAIXA. Peço pra ver outro modelo e ele dá uma de João sem braço. Moço. Moço. Moço... deixa eu ver... Moço! Ô MEU FILHO!!! VOCÊ VAI ME ATENDER OU TÁ MUITO DIFÍCIL???

- Anh? Ah... a senhora quer ver celular?
- Eu tô TENTANDO... mas tá ficando complicado, porque você tá guardando a porra toda... (Não, Pedro Bó, eu vim aqui pra ficar olhando pra sua cara linda...)
- É que a gente já tá guardando....
- Já fechou a loja por acaso?
- Não... são 9:15h.. a gente fecha às 10h.. mas já estamos guardando... que celular você quer ver?

Nenhum, eu disse com ódio, largando o celular que estava na mão no balcão. Querer comprar e não poder porque o atendente é preguiçoso é foda. 4x0 zica.

Passo na frente da C&A, Giselle me diz que lá agora eles também vendem celular. Entro, escolho um e vou pro balcão. Saco meu Mastercard. Aparece um pentelho louco pra bater as metas dele, me enfia um cartão C&A pela goela, sem eu apresentar nenhum documento. Aceito, até de bom grado, pois meu cartão já estava meio estouradinho com o limite. Daí, começa a pentelhação. O inferno do atendente queria porque queria que eu colocasse dependentes no meu cartão. Não, obrigada. Coloca a mãe. Não, ninguém. Coloca essa sua amiga aqui. Tenha dó né... quem coloca amiga como dependente de cartão??? Bebeu shampoo? Hunf. Aviso que estou com pressa, e ele me chama pra assinar a proposta. Estou lá assinando quando me dá aquela neura: Será que é cartão C&A mesmo? Duas propostas... por que?
- Meu filho, por que duas propostas?
- É assim mesmo...
- Assim mesmo?? Desde quando C&A é internacional?
- É por que vem assim...
- Eu só quero o cartão C&A.
- É só o C&A mesmo. Agora, depois vai chegar na sua casa um cartão mast..
- Vai chegar não, meu filho!!! Não vai chegar mesmo!! Eu não pedi cartão nenhum!
- Ah, mas a C&A manda assim mesmo... se você não quiser vo..
- SE eu não quiser não!! Já disse que não quero. E vocês não podem mandar nada pra mim assim, é contra lei!! Você quer bater suas metas, procure outra otária, pra cima de mim não! Se chegar qualquer cartão na minha casa, eu boto um processo em cima da loja!

Tomei a proposta da mão dele e rasguei. E ele ainda pegou o boi por que eu fiz o C&A. Ser feita de besta é pra se fuder. Mais um ponto pra zica: 5x0.

Bom, depois disso tudo, fui jantar com as meninas. A comida estava ótima. Comemos, rimos e na hora de ir embora, estou eu desfilando pelo corredor do shopping, quando THIBUM! No chão. Me espatifei no chão, uma queda daquelas bem bonitas, bolsa voa prum lado, sacola pra outro, e a gente fica ali, deitada, estirada no chão, até que alguma das nossas amigas pare de rir e nos levante. Ainda bem que uma me ajudou... a coitada até que tentou me segurar pra eu não cair. Melhor que Giselle de Windsor, que disse que não me ajudou porque achou que eu estava DANÇANDO. Dançando... até o chão. Cair em shopping é foda. 6x0 zica.

E pra completar essa zica toda, domingo estou indo levar Giselle de Windsor no aeroporto com Régis e páro num sinal. Um pivete pára na minha janela, eu olho pensando que ele quer algumas moedas. Me deparo com uma arma. O sangue desce pro pé. Ele começa a gritar pra passar a bolsa, celular. Fico nervosa, mas ao mesmo tempo não esboço nervosismo. Ele continua gritando, Giselle de Windsor está congelada ao meu lado. Só Régis repete o tempo todo pra eu não olhar pra o rosto dele, enquanto canta uma canção do Asa de Águia. Eu não tenho amigas normais. Bom, resultado: ele começou a gritar pra eu passar tudo pra ele, eu dizia que não tinha nada, ele me apontava a arma, eu pedia calma. Ele viu meu relógio, mandou eu entregar. eu tentava ganhar tempo, tirava o relógio do braço bem devagar, torcendo pro sinal abrir, algo acontecer.. tinha medo de abrir o vidro e ele me machucar. Medo de levar um tiro, de morrer ali. Eu só sei que olhei tanto pra arma que comecei a achar que era de brinquedo. E foi o que me deu coragem. Quando olhei pra frente, o sinal abriu e eu arrastei o carro feito louca. Eles não levaram nada, mas o pânico que eu senti ninguém paga. 7x0 zica.

Só sei que voltei logo pra casa, separei no carro a bolsa do ladrão com o celular quebrado e uma carteira velha. E agora, meus amigos, é sair chutando, porque eu devo é ter pisado em alguma macumba.