Seguidores

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A saudade que não passa.

Minha bichinha foi embora.

Depois de 13 anos ao nosso lado, alegrando a casa, chateando as visitas, me encarando e entortando a cabecinha, como quem não entendesse. Muitos lacinhos e muitos biscoitinhos depois. Depois de muito dançar comigo, quando eu pegava ela no colo e a sacudia ao som de alguma música. As orelhinhas balançando, como fiz no carnaval ao som de "A Fila andou."

Sentia tanta saudade dela enquanto morei longe. Quando morei na Inglaterra, eu ia pro Cyber e minha mãe coloca ela na frente da Web Cam pra eu matar a saudade. Eu lembro que chorei na primeira vez. Estava de lacinho verde.

Aí, me mudei pra Recife. Ela fez falta. E quando eu voltava pra casa, as orelhinhas dela sofriam de tanto eu puxar. Depois ela ficou doente e ninguém descobria o que havia. Tantos exames, tantos litros de soro, tanta fraldinhas, tantos meses sofrendo e ela se foi.

Eu sei que foi melhor assim. Eu pedi a Deus que desse fim ao sofrimento dela, pois a gente não tinha coragem de desistir dela. E ele assim fez.

Chorei tanto. Não consigo me acostumar com a idéia de que ela não existe mais. Minha bichinha, minha nega branca. Saudade dos anos que você me fez feliz.


Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou na minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

O Vilão da história.

Eis que sobe no palco o vilão.

Ele, que rouba descaradamente nossas esperanças, pois sabe demais. Ele sabe o que a gente já passou. Ele sabe onde dói. Onde aperta o sapato. Ele sabe, e ele finge que está ali do nosso lado pra nos proteger para que nada daquilo que já sofremos se repita. Mas é mentira. Ele está ali somente pra nos atazanar. Pra ficar nos relembrando as coisas ruins que já vivemos, e dizendo, como quem roga uma praga, que tudo vai se repetir.

Vilãozinho de quinta categoria. Aquele que escalda o gato com água fria. O Medo.

Eu então, sou um prato cheio pro Medo. Pense numa merda tamanho Extra G. Já aconteceu comigo. Pense em todas as sacanagens que podiam ter aprontado com alguém. Já aprontaram comigo. Eu podia pensar que agora o Universo pede clemência e me manda de volta uma pessoa pra me compensar por tudo que já passei. Mas não. Eu fico esperando a próxima rasteira.

O que por si só já é uma sacanagem. Eu tenho medo de me entregar, já estando entregue. Tenho medo de me apaixonar, já apaixonada. Medo de fazer planos, quando já os faço, apenas não os assumo. Pra que serve o medo então??

Serve pra estragar as promessas que ouço. As juras de amor. O próximo encontro marcado pro mês que vem, que o Medo, esse sacana, me jura que não vai acontecer, lá lá lá.

Não me protege de porra nenhuma, o Medo. Apenas não me deixa viver sem arrastar correntes barulhentas que lembram meu passado.

Quando meu irmão era pequeno, eu dizia que sabia uma mágica. Mandava ele pro banheiro, dizia que ele fechasse a porta e fizesse qualquer gesto: desse língua, colocasse o dedo no nariz, pulasse de um pé só, e eu, do lado de fora, diria a ele exatamente o que ele estava fazendo.

E lá ia ele. Fechava a porta do banheiro, fazia alguma macaquice lá dentro e gritava:

- O que eu estou fazeeeeeeeeendooooo????

Ao que eu respondia, meigamente:

- PAPEL DE PALHAAAAAAAAÇO!!!!

Era engraçado.

Hoje não é mais. Estou com medo de estar fazendo papel de palhaça.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Inferno astral

E está se aproximando o mês do meu aniversário. O maldito do horóscopo já tá aqui falando de inferno astral. Que eu preciso de mudanças. Que eu não terei paciência para esperá-las.
Dã. Grandes novidades.

Oras, carácoles, quem não precisa de mudanças?? Quem, em sã consciência, solteira, morando numa cidade sozinha, sem amigos, só por trabalho, tem paciência para esperar que as mudanças cheguem no tempo certo??

Quem não gosta de mudar de ares, de ganhar mais, de namorado novo, de vida nova, de ganhar na mega sena???

Aff. Esse inferno astral chega cada ano mais cedo.

Odeio horóscopo.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Nem me abalo...

A indiferença, não o ódio. Ela sim é o contrário do amor.

Não vou ocupar-me mais a enraivecer com tuas tolices, mendigando por continuar na minha vida a qualquer custo.

Vivendo de rastros.

Indiferença:

Ela que cabe a ti, proporcional ao amor que tive.

Que nem foi amor, posto que acabou.

Novis.

Seguinte. Tô namorando. Sim, vocês lembram de toda aquela viadagem, sem saber se eu ia ou não ia pra Bahia ter um Remember com um ex meu que mora no cú do Judas.
Fui. E aqui estamos nós, juntos de novo, quase dois anos após termos terminado.
Tô feliz sim, e apaixonada também.

Mas confesso. Estremeço às vezes. Senão não tinha graça.

Dá medo sofrer de novo, e que amor não já vem com sua dose de sofrimento??

Dá ódio da distância entre a gente, que estamos tentando resolver a todo custo, mas a minha impaciência ainda existe.

Dá medo de fazer papel de boba novamente. De chorar, se descabelar.. de dar tudo errado.

Mas mesmo assim, com todo esse medo, eu resolvi tentar de novo.

Passarinho que come pedra sabe o cú que tem.

Comecei 2008 bem romântica.

Agora começou 2008!

Sumi.

Sumi por algumas vezes não ter o que dizer.

Ou achar que ninguém se importaria com o que seria dito.

Mas resolvi voltar. O ano começou.

E eu já desci pro Play.