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domingo, 26 de outubro de 2008

Pra você que não foi.

Perdoem-me, mas hoje a única coisa que preenche tudo o que eu queria dizer é um texto, que não é meu, mas eu gostaria que tivesse sido. Assim, com um pouco mais de talento e um pouco mais de coragem, eu enviaria esse texto à pessoa que resolveu sair da minha vida, sem nunca ter entrado de fato.

"Da última vez que nos vimos até agora faz apenas três dias e poucas horas. Mas pra mim parece uma eternidade. Talvez um pouco menos que isso. E não pense que é porque sinto sua falta, morro de saudades, preciso falar e sentir você de novo. Não é nada disso. É que não sei esperar e meu pensamento funciona muito mais rápido do que eu gostaria (não era eu que queria aprender a meditar?). Queria poder esperar um mês ou um ano pra dizer o que penso agora, mas não sei se consigo.


No meio do engarrafamento das dezoito e trinta pensei o quanto ficamos no raso. Conheci pessoas que namoraram, casaram e engravidaram nesse tempo, em apenas dois meses – um exagero. Longe de querer isso para mim e você, mas pelo menos achei que poderíamos ter nossa música, ter nosso lugar, ter nossas próprias piadas, ter nosso restaurante, ter nosso filme. E nesses três poucos dias, imaginei que não vai demorar muito para eu esquecer você. Um amigo falou: faltou intensidade. Concordei e pensei mais ainda: tava muito morno. E morno, só banho.


Ainda não consegui, nesses três poucos dias, entender o que aconteceu pra você, como me disse, desacelerar. Sei que são coisas que não se falam, por diversos motivos. No alto dos meus mais de trinta anos, aprendi que é melhor não perguntar. Quem pergunta o que quer ouve o que não quer. Melhor o mistério do que ouvir que você deixou de se interessar por mim, que viu defeitos, que se apaixonou por outra, que queria apenas uma distração e agora não quer mais. Minha

auto-estima não tem infra-estrutura para tais verdades.


Vou tentar esperar um mês para dizer tudo isso. Ou nem vou chegar a dizer porque daqui a trinta dias já vou ter esquecido tudo que disse respeito ao tempo em que ficamos juntos. Você vai passar sem nunca ter existido. Totalmente sem dor e sem amor. Totalmente sem graça. Fazia tempo, exatamente dezesseis anos, que não tinha um relacionamento tão insosso. E, por mais estranho que seja, provavelmente vou agradecer por ter sido assim."


Texto do blog Redatoras de Merda, bom demais.


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Namoro virtual.

Certa feita tive um namoro virtual. (Tá, vai dizer que você nunca teve?)

Chamo de namoro virtual, pois nunca conheci a criatura, era aquela coisa de web cam, telefone e email. Se quer saber, hoje nem consigo entender como me meti nessa, soa como loucura essa história de namoro sem sexo, beijo e abraço.

Voltemos ao meu namoro tamagoshi. Meses namorando o bruto, que era português. A comunicação era péssima, e as ligações internacionais, idem. Mas durou uns três meses até que marcamos de nos ver. Um fim de semana aqui no Brasil de muita paixão.

Acontece que o simpático nunca chegou. Quer dizer, chegar, chegou, que eu sou meio detetive e monitorei cada passo dele desde Lisboa até o Brasil. O bastante para saber quando ele desceu em Recife, se hospedou em uma pousada e saiu de lá acompanhado de uma loira. (Eu falo sério quando digo que sou meio detetive.)

O fim de semana inteiro o bruto ligava para dizer que estava chegando, que tinha perdido a mala, e eu me fazendo de besta para ver até onde a cara de pau dele chegava (ou como diz minha mãe: me fazendo de doente pra ser visitada...). E não tinha fim. Resumo da ópera: ele tinha uma namorada em Recife, estavam brigados e ele veio fazer as pazes.

Entre a falta do que fazer e o ódio de uma mulher ferida, consegui o contato da tal loira, que era um doce de pessoa.Cada uma contou sua história, juntamos nossa raiva e escorraçamos o infeliz das nossas vidas, pois era um louco daqueles de jogar pedra.

Ficamos amigas e o louco ainda ligava chorando de Portugal todos os dias, me pedindo perdão pelo que tinha feito. Fui morar em Recife, ficamos mais próximas uma da outra e ainda o louco persistia em aparecer. Soube histórias dele de arrepiar, coisa de filme de terror. Até queixa na polícia a loira teve que dar, pelas ameaças que ele fazia. Fiquei feliz por ter pulado uma fogueira com o portuga psico e enterrei essa história no fundo do báu dos cafajestes, onde guardo boas histórias para contar em mesas de bar e blogs.

Domingo desses saí com umas amigas e elas resolveram listar todos os meus fracassos amorosos:
Stress já foi noiva de pagodeiro, prometida de muçulmano, namorada de psicótico, apaixonada por problemáticos e tamagoshi de português.

E rimos tanto naquele domingo imitando o sotaque e as bobagens que o infeliz falava naquele tempo que na segunda feira seguinte, às 10 horas da manhã, sentado na minha mesa de trabalho segurando o presente prometido 3 anos atrás, eu conheci o português mais psicótico de todos os tempos. Gelei quando ele se apresentou, tive medo, pavor.

E é por isso que hoje meu orkut está totalmente bloqueado: foi por ali que ele, de portugal, descobriu tudo sobre minha vida, inclusive o endereço de onde eu trabalhava. Ele me cercou durante todo o dia, e me ligou durante toda a semana que passou aqui no Brasil, e eu passei por momentos de horror.

Lição do post: Num tá vendo que namoro sem sexo num pode prestá, Ninha?????

Hehehehe, eu me fodo, mas depois me divirto.

Anos 80

Ganhei um presente via email.

O link da rádio Trash 80's. É ligar o computador, acessar e entrar numa máquina do tempo direto para os anos 80. Se eu pudesse, ficava por lá.

A estação Brega é minha preferida. Mas todas, TODAS têm pérolas inesquecíveis.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Atchim!!

Xô poeira.

Tem algum leitor aí para o qual devo voltar?

Carente, gente.