Seguidores

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Namoro virtual.

Certa feita tive um namoro virtual. (Tá, vai dizer que você nunca teve?)

Chamo de namoro virtual, pois nunca conheci a criatura, era aquela coisa de web cam, telefone e email. Se quer saber, hoje nem consigo entender como me meti nessa, soa como loucura essa história de namoro sem sexo, beijo e abraço.

Voltemos ao meu namoro tamagoshi. Meses namorando o bruto, que era português. A comunicação era péssima, e as ligações internacionais, idem. Mas durou uns três meses até que marcamos de nos ver. Um fim de semana aqui no Brasil de muita paixão.

Acontece que o simpático nunca chegou. Quer dizer, chegar, chegou, que eu sou meio detetive e monitorei cada passo dele desde Lisboa até o Brasil. O bastante para saber quando ele desceu em Recife, se hospedou em uma pousada e saiu de lá acompanhado de uma loira. (Eu falo sério quando digo que sou meio detetive.)

O fim de semana inteiro o bruto ligava para dizer que estava chegando, que tinha perdido a mala, e eu me fazendo de besta para ver até onde a cara de pau dele chegava (ou como diz minha mãe: me fazendo de doente pra ser visitada...). E não tinha fim. Resumo da ópera: ele tinha uma namorada em Recife, estavam brigados e ele veio fazer as pazes.

Entre a falta do que fazer e o ódio de uma mulher ferida, consegui o contato da tal loira, que era um doce de pessoa.Cada uma contou sua história, juntamos nossa raiva e escorraçamos o infeliz das nossas vidas, pois era um louco daqueles de jogar pedra.

Ficamos amigas e o louco ainda ligava chorando de Portugal todos os dias, me pedindo perdão pelo que tinha feito. Fui morar em Recife, ficamos mais próximas uma da outra e ainda o louco persistia em aparecer. Soube histórias dele de arrepiar, coisa de filme de terror. Até queixa na polícia a loira teve que dar, pelas ameaças que ele fazia. Fiquei feliz por ter pulado uma fogueira com o portuga psico e enterrei essa história no fundo do báu dos cafajestes, onde guardo boas histórias para contar em mesas de bar e blogs.

Domingo desses saí com umas amigas e elas resolveram listar todos os meus fracassos amorosos:
Stress já foi noiva de pagodeiro, prometida de muçulmano, namorada de psicótico, apaixonada por problemáticos e tamagoshi de português.

E rimos tanto naquele domingo imitando o sotaque e as bobagens que o infeliz falava naquele tempo que na segunda feira seguinte, às 10 horas da manhã, sentado na minha mesa de trabalho segurando o presente prometido 3 anos atrás, eu conheci o português mais psicótico de todos os tempos. Gelei quando ele se apresentou, tive medo, pavor.

E é por isso que hoje meu orkut está totalmente bloqueado: foi por ali que ele, de portugal, descobriu tudo sobre minha vida, inclusive o endereço de onde eu trabalhava. Ele me cercou durante todo o dia, e me ligou durante toda a semana que passou aqui no Brasil, e eu passei por momentos de horror.

Lição do post: Num tá vendo que namoro sem sexo num pode prestá, Ninha?????

Hehehehe, eu me fodo, mas depois me divirto.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu ri mt huashuashuashuahsuahus