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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dez anos de amizade,

Domingo recebi um presente. Vi fotos que nem me lembrava e recebi um email me lembrando que se passaram dez anos.

Dez anos, assim, num piscar de olhos.

No dia 09 de agosto de 1999 eu era uma universitária de comunicação. De publicidade e propaganda. No primeiro dia, conheci três pessoas que me acompanham até hoje. Na verdade, conheci muito mais naquele dia.

Conheci a amiga que me ensinou sobre lutar pelos nossos sonhos e nossos amores. Que me fez perder o medo de falar o que sente. Logo ela que era a mais "medrosa": tinha medo de atravessar a rua, de lugar cheio, de dentista, de mar que não tinha cabelo. Mas do que realmente me assustava, ela não tinha medo.

Naquele dia eu também conheci a amiga que ficaria do meu lado em todas as fases da minha vida. Fase de ser apaixonada pelo homem errado, fase de dançar pagode e voltar de ônibus, fase de fumar cigarro, de beijar muitos, de morar onde se fala inglês, de morar onde se fala "visse", enfim. De todas que eu fui, ela que mais sabe de mim.

Teve outra que tentou passar despercebida. Sorria meio de lado, fingia que não estava ali. Enquanto nós três ríamos de cair da cadeira, ela apenas esboçava um sorriso a la monalisa. Parecia de outro mundo. Até que de repente, batia na mesa, gritava "Inferno" e aí sim, ria, gargalhava, chorava de rir.

No primeiro dia da faculdade até conheci um grande amor. Mas eu só ia descobrir isso muitos anos depois. E não ia fazer muito proveito disso.

Foram 4 anos deletando o cumpádi Washington da mente, sonhando com o Cannes, procurando muitas fotos no laboratório, aguentando as explosões do metrô que estava sendo construído (dez anos e nada.. que piada.), jogando buraco no quarto de Joana Angélica, procurando o obturador de uma máquina que não era nossa, perdendo a vergonha de falar besteira num brain storm, aprendendo a ser cara de pau. A publicidade exige sem vergonhice e cara de pau. Conseguimos.

A menina que entrou naquele campus está viva, um pouco diferente das fotos, mas viva. Viva dentro de uma mulher que às vezes esquece dos seus sonhos, esquece dos seus planos, esquece do que é capaz de fazer. Mas a menina continua viva.

E é à essa menina que eu agradeço hoje, pois se ela não me deu a carreira dos meus sonhos, ela me deu as amizades da minha vida.

À vocês três.

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