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domingo, 6 de maio de 2007

Desfecho.

Eu sabia que a prova de fogo seria no sábado. Mas eu já tinha pensado em tudo: ir ao shopping, sair com alguma amiga, qualquer coisa para ocupar meu tempo se acaso o simpático resolvesse aparecer.

Primeiro, passei quase a tarde toda na casa de uma amiga, conversando e vendo o filho dela que é "tudibão" desfilando de um lado pro outro sem camisa. Assim fica fácil esquecer qualquer homem. Um colírio pra os meus olhos cansados. Depois, fui ao shopping, com o cartão de crédito na mão, quase babando raivosamente.

Pois bem, uma mensagem. Eu estava cheia de coisas na mão, na fila de um caixa num shopping center cheio de pessoas ensandecidas para comprar o presente do dia das mães. Vontade da porra de jogar tudo no chão e responder a mensagem do infeliz. Quase pedi uma camisa de força, mas não foi preciso. Consegui me segurar sozinha.

Quando cheguei em casa já era noite, fiz uns pãezinhos de queijo, assisti um bom filme e só pedia pra noite passar. Cada vez que o telefone tocava ou recebia uma mensagem, eu rezava: "Que não seja ele, que não seja ele, que não seja ele!" Porque é foda, é a mesma coisa de um alcoolátra querer largar a bebida e alguém abrir uma lata de skol gelada bem na frente do infeliz. Assim não dá, assim não pode.

Pois bem, quase 1h da manhã, o telefone toca e era ele. Pensei mil vezes em atender. Já não tinha respondido a mensagem, pensei em até quando ia conseguir fugir. Atendi.

- "Não responde mais as minhas mensagens?"
- "Por que o plural, se eu só recebi uma?"

Ficamos conversando amenidades. Trabalho, chuva, "E vc hein? Como vc tá?"... repetindo o ciclo algumas vezes.
- "Pois é, então tá certo. Vê se me liga também, né... me liga?"
- "Não. Não ligo e você sabe disso. Aliás, que tal brincarmos de Quem não Liga?"

Pronto. Segundos depois, uma mensagem, se convidando pra dormir aqui comigo.

"Você já se deu conta de que vai casar? Até quando acha que poderá ser assim?"

"Não seja chata sua chata."

Aí, resolvi jogar limpo, deixar de lado os protocolos:

"Quero muito ser sua amiga, gosto de você, mas vou acabar me machucando. Me entenda, quero mais do que você pode me dar. Nossa amizade continua, com certeza. Se cuida, um beijo grande."

Melhor assim. Sem máscaras. Depois ele respondeu que tudo bem, que me entendia, mandou um beijo e pronto.

The End.

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