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sábado, 17 de março de 2007

Masturbação Mental

Sei que vocês estavam aí esperando o próximo post para saber se meu mantra deu certo.
Ô povinho ingênuo.

Eu tava aqui, bestando na net, já tinha até mandado uma mensagem pra ele pra dizer que não ia sair com ele mesmo.
Daí, que ele liga de novo, insiste, diz que tem uma colega do trabalho da gente lá, preu ir, preu ir, preu ir. E eu fui.

Tóim.

Cheguei lá, a "colega de trabalho" estava na porta indo embora. "Como assim, Bial?", perguntei a ela.
- "Ah, eu tava passando por aqui, ele me arrastou aqui pra dentro, ligou pra você e me colocou no telefone pra falar contigo e te chamar."

Ou seja: ficamos lá, eu, ele e os amigos.
Ele estava fofis como sempre. Sentamos, conversamos e, como sempre ele foi muito atencioso comigo. Passamos a noite toda dançando de rostinho colado, e como era um show de forró e estava muito barulho, passamos a noite inteira "conversandinho" no pé de ouvido.
E eu quase subia pelas paredes com aquele homem ali, encostando a boca na minha orelha pra falar comigo, dançando e passando a barba mal feita no meu rosto, alisando minhas costas, mexendo em meu cabelo, brincando, rindo, e me enchendo de beijos no rosto e no pescoço.
E foi essa masturbação mental a noite toda.
Se a dita cuja dele chegasse lá, ia me dar uma voadora, porque ninguém acreditaria que não estávamos ficando. Os amigos deles, ansiosos e bêbados, esperavam pelo nosso beijo. Pediam, suplicavam. E ele olhava pra mim e dizia: "Estão perguntando pelo nosso beijo..." e eu simplesmente dizia que não tinha beijo, o abraçava de novo e ele me enchia de beijo no rosto.
Depois de pagar meus pecados, resolvi vim pra casa.
Enquanto esperava pelo manobrista ele me abraçava, me encostava no carro e colocava o rosto no meu pescoço.
Ficava claro como ele me queria e o quanto eu também queria ele. E voltei pra casa pensando, pensando nas coisas que ele tinha me dito naquela noite, que era solteiro, que aquela história tava terminada, que ele queria viver a vida dele, que ia fazer e acontecer...
Pra quê resistir? Pra quê? Pra quê?

Pra não me arrepender na segunda feira, quando ele fez as pazes com a gravidinha.

E eu decidi que Páginas da vida já acabou e que não me chamo Isabel pra arranjar um Renato e uma Lívia na minha vida.

Portanto meus caros, como eu descobri que não sei me comportar nessa brincadeirinha, peguei meu elevador e subi pra casa. Porque vocês já sabem: se não sabe brincar, nem desce pro play.

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