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terça-feira, 6 de março de 2007

Por um elevador Privativo

Seis meses que moro no prédio. Nunca me bati com nenhum gatinho no elevador.
Como amanhã vou pegar meu carro na concessionária e entregar o meu antigo, resolvi subir com alguns objetos que estavam dentro do carro.
Dentre eles um Piu-Piu com asas de cupido, um macaquinho amarelo e uma garrafa de Whisky quase vazia, que devo ter largado lá depois dessas prévias de carnaval.
Fico imaginando quais seriam minhas chances de puxar assunto com o simpático estando atracada com dois bichos de pelúcia e uma garrafa de bebida embaixo do braço.
Juro que pensei em algumas frases, mas todas teriam a mesma reação: aquele olhar de ovo frito, o corpo quase despencando pela porta do elevador e aquele sorriso amarelo que a gente faz quando deseja que a pessoa fosse abduzida ali bem na nossa frente.
Para evitar isso, entrei, olhei bem feio pra ele, soltei um muxoxo, um suspiro e fiquei olhando pra cima.
Ele que fique a noite toda imaginando onde eu estava com esses apetrechos.
Hunf.

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