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domingo, 9 de dezembro de 2007

Confraternização? Humpf.

Sexta foi a festa do trabalho. Estava em casa, esperando uma carona para não gastar meus lindos pulsos doloridos dirigindo, quando o telefone daqui de casa toca. Pensei ser minha carona. não era. Era Mr Commited.
Meu coração deu um pulo. há séculos que ele não me ligava em casa. Perguntou como eu estava, se eu ia a festa. E eu já não prestava mais atenção ao que ele dizia. Estava apenas me perguntando porque esse cara ainda mexe comigo, porque, porque, porque.
Fui à festa, esperando pelo momento que ele chegaria. A verdade é que eu queria ir embora antes dele chegar, pois eu sabia que não ia poder usufruir de sua companhia, dar-lhe um abraço, ficar do seu lado a noite toda. E quando ele chegou, naquele lugar enooorme, meus olhos foram para direto nele. Senti seu perfume de uma distância enorme. E ali acabou minha festa.
A amiga que estava ao lado logo me puxou para irmos lá falar com ele, sem nem imaginar o que se passava dentro de mim. Beijar seu rosto, olhar pro chão, fingir que nunca fui dele, era tudo o que eu não queria. Claro que arranjei um jeito de me perder pelo caminho, adiando aquele momento. Em vão, claro, pois logo ele estava ao meu lado, beijando meu rosto, sorrindo pra mim, feliz. Feliz com quê, imbecil??
Murchei, sentei num cantinho com uma amiga e disponibilizei para fazer o que sei de melhor: falar da vida alheia. Em alguns minutos, ele atravessou o salão enorme, puxou uma cadeira e sentou ao meu lado. Brincava comigo, com aquele jeito dele que eu me rendo em alguns segundos.
- "Que decote é esse, rapaz? Isso aí é um problema."
- É só você manter seus olhos longe dele. Não terá problema nenhum.

E ria. Algum tempo depois, levantou e foi embora.

- Ei, porque vocês dois não namoram, hein?? Vocês combinam tanto. - disse uma colega de trabalho.
- É? Diz isso pra mulher dele, ela não vai gostar muito não. Ele é casado, sua Tonha.

Quanto tempo mais levará para que eu limpe de minha memória todos os bons momentos que vivemos? Mais: quanto tempo mais levará para que eu deixe de ficar imaginando "E se fosse diferente? E se naquele dia eu dissesse aquilo? E se, e se?"

Caralhos pensantes.

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