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sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Amigos de infância

É muita ilusão da gente achar que a qualquer momento da vida poderemos fazer novas amizades de infância. Claro que é bom fazer amigos, ainda mais na situação em que me encontro, morando sozinha numa cidade. Mas podem surgir vários, que me levem pra balada, que me façam companhia num cinema, que tomem um chopp despretensioso, que ouçam minha ladainhas, que até me dêem força. Mas não são como os antigos.
Vocês devem lembrar de que o Mr Commited engravidou a esposa de novo. Eu recebi a notícia aqui em casa, nós dois comendo uma pizza, brincando, rindo. Ele havia me chamado pra almoçar, e eu liguei pra uma amiga daqui, pra contar pra ela, pra dizer que não sabia se devia ir ao encontro dele. Ela me deu a maior força. E naquele dia eu me entreguei mais uma vez, por ser iludida, por ser apaixonada, por ser idiota. Quando ele me contou que ai ser pai novamente, perdi o chão. Não sei nem por que. Nem quero saber mais, pois já passou, já superei, já era. Peguei foi nojo dele. Ele liga, aparece no trabalho e eu sou um bloco de gelo. Nem tô aí.
Mas eu tô falando disso tudo novamente por outro motivo. Por que quando eu cheguei no trabalho, arrasada, eu fui ligar pra a mesma amiga que tinha me incentivado a vê-lo. Lembro que naquele dia tínhamos chegado a conclusão de que ele ainda mexia demais comigo.
Só que quando eu liguei e contei tudo, ela já sabia. Ele tinha contado a ela no dia anterior e pediu segredo, que ela jurasse que não ia me contar.

Tudo bem. Promessa é promessa.
Mas ninguém tira da minha cabeça que pra minhas verdadeiras amigas aquela promessa ia ter o mesmo valor de uma nota de três reais. Pois eu tinha o direito de saber. E mesmo se não tivesse, eu só esperava que ela não me justificasse nada, mas que não me desse aquela força pra ir vê-lo. Eu faria isso por ela. E nem somos amigas de infância.

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