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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Momento Pollyanna

Vocês não sabem por que eu não contei.
Na minha viagem a Morro de São Paulo, pulei de tiroleza: 70 metros de altura, 240 de distância até o mar, de noite. Antes de pular, eu lá em cima, já toda equipada, presa nas cordas, um ser pergunta como é que faz quando chegar na água, para parar. A velocidade ia ser muita. A figura responde que tem um cara que fica lá no mar pra pegar a gente. Olho, pra conferir. Vejo os bracinhos dele na água. "É, ele vai me segurar."
Segundos antes de pular, vejo as pedras no mar. Penso: "Ainda bem que o companheiro tá lá na água pra me segurar antes que eu me estaboque nas pedras e purpurine meus pedaços por todos os lados."
Acontece que pulei, foi delicioso, maravilhos, libertador e orgásmico, mas quando cheguei perto do mar, passei pelo negão e ele nem thum. Nem esticou os bracinhos pra tentar me pegar. Cá com os meus botões, digo, com o meu colete salva vidas, pensei: "Me lenhei. Vou meter o pé nessa porra para ir parando antes que eu me estabaque nas pedras."
Thibum, meti as pernas na água. Ô porrada fila da puta, a batata até hoje arde. E eu, que estava com minhas sandálias Ivete Sangalo, presar nos tornozelos, que quebra maior galhão nessas coisas pois nunca escorregam do pé, as vi voando rumo aos pés de Yemanjá.
Sacanagem. Perdi as sandálias e ainda tomei mó cachação nas batatas da perna. Pobre tem que se lascar mesmo. Ainda por cima depois eu descobri que o negão tava ali só de figurante, fazendo PN (porra nenhuma), pois no fim da corda tem a trava pra gente não ir além. Muito lógico, muito prudente, mas o fila da puta foi inventar as merdas justo na hora que eu estava tão sugestionável!! Acreditei!

Bom, mas o que importa é que se Yemanjá leva, Yemanjá manda trazer. E hoje uma cliente foi lá me levar uma havaianas Slim bem do jeito que eu queria. Valeu mermo Yemanjá.

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