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segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Cheirinho faz feliz.

Eu tenho uma time machine. Há tempos eu já desconfiava, mas só hoje eu tive certeza de que posso sim, voltar no tempo.
Eu hoje saí do trabalho fui fazer compras. Estava chateada, mal humorada, cansada, exausta. Fui num mercado mais perto de casa e não no que eu costumo ir sempre. Cheguei lá, mó filão. Quase desisto de fazer compras. Mas a despensa estava uma igreja e eu me arrastei por entre as prateleiras.
Finalmente cheguei na parte de que mais gosto: a da higiene. Meus olhos brilham diante de tantos shampoos, hidratantes, sabonetes e cremes que prometem deixar meus cabelos igual ao da Alessandra Negrini. Além dos cremezinhos para a pele, of course. Lembrei que a minha pele anda meio oleosa, culpa do banho quente que venho tomando desde que me mudei. (Antigamente, quando eu morava na Bahia, nunca tive chuveiro quente em casa. Minha mãe se recusava a consertar e a gente se acostumou. Ótimo para a pele e os cabelos, péssimo para os dias de chuva. Nem tudo é perfeito.)
Procurando um sabonete para o rosto, eu passei por um Soapex. Olhei para ele. Ele olhou pra mim e disse, entre bolhinhas de sabão: "Me pega, me cheira, me leva pra casa."
E eu obedeci, sem mesmo saber por que. E ao cheirar, fui submetida a uma viagem no tempo.
Fui para em algum dia de novembro de 2005. Um sábado ensolarado, lindo. Saí com a Sílvia e com Fafau para ir ao encontro da minha primeira tatuagem.
Em segundos, eu estava lá, sentada na cadeira, querendo fugir, Silvia se pocando de rir da minha cara, Fau admirada com a minha coragem. De lá, fomos no shopping, comprar filme plástico, bepantol e Soapex. Deu ainda tempo de chegar em casa e encontrar minha mãe chateada por conta da tattoo. E principalmente demorar naquele banho, Fau ainda ensaboando minhas costas, e ainda a minha mãe a contragosto fazendo meu curativo.
Eu vivi tudo isso pela pechincha do preço de um Soapex.
E tô aqui, cheirosinha a Soapex, depois de um banho gostooooso, escrevendo pra vocês, me sentindo feliz e bonita, como se estivesse vivendo aquele momento de alegria, em que estava em casa, ao lado dos amigos, esperando o convite de um carinha pra sair a noite, usando um vestidinho fresquinho, um plástico colado nas costas, me sentindo uma lagarta que virou uma borboletinha.
God Bless my noose, eu sou a pessoa mais olfativa dessa fase da terra.

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