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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Eu não posso mais
Mas me peguei sonhando com sua voz ao pé do ouvido
E te liguei
Me encontro tão ferida, mas te vejo ai também em carne viva
Será que não tem jeito?
Esse amor ainda nem nasceu direito, pra morrer assim
Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais
Se você tivesse tido calma pra esperar
Se você quisesse poderia reverter
Se você crescesse e então se desculpasse
Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo
É que eu não posso mais
Não vou voltar atrás
Raspe dos teus dedos minhas digitais
Eu não vou voltar atrás
Apague da cabeça o meu nome, telefone e endereço
Eu não vou, eu não vou voltar atrás
Arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos
Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só
Me dói essa lembrança das suas mãos em minhas costas
Sob o sol da manhã
Você já me dizia: conheço bem as suas expressões
Você já me sorria ao final de todas as minhas canções
Então por que?
Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais
Se você tivesse tido calma pra esperar
Se você quisesse poderia reverter
Se você crescesse e então se desculpasse
Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo
É que eu não posso mais
Não vou voltar atrás
Raspe dos teus dedos minhas digitais
Eu não vou voltar atrás
Apague da cabeça o meu nome, telefone e endereço
Eu não vou, não vou voltar atrás
Arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos
Cheio de defeitos...
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Os brutos também amam.
- Rsrsrs
- Tá rindo de quê?
- De nada.
- Porra de tá rindo de nada. Tá rindo de mim?
- Não. De uma coisa que eu pensei hoje. Eu ia te dizer isso mais cedo ou mais tarde, pois é uma declaração de amor.
- Ué, então diz.
- Baby, você é minha versão feminina. Eu sou sua versão masculina. Não é lindo isso?
- É? Hum... Mas eu não entendi.
- Veja só: Você é mal humorada, estressada e grossa. Igual a mim!
- Que diabo de declaração de amor é essa?
Noite Feliz.
Eu passava pelos lugares e contava histórias e casos que tinham acontecido ali. Apontava gente na rua, corria do frio... tão feliz.
Tão bom essa coisa de sonhar. Matei a saudade e foi perfeito.
Pelo menos me fez esquecer o pesadelo de ontem, que me fez ficar com medo e angustiada o dia todo, achando que a qualquer hora o cara do sonho ia aparecer e disparar aqueles tiros todos na minha cara.
Aff.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Né?
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
O mundo não é maternal
Segue a bazuca:
"É bom ter mãe quando se é criança, e também é bom quando se é adulto.
Quando se é adolescente a gente pensa que viveria melhor sem ela, mas
é um erro de cálculo.
Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o
mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não
liga se virarmos a noite na rua, não dá a mínima se estamos acompanhados por maus elementos. O mundo quer defender o seu, não o
nosso.
O mundo quer que a gente fique horas no telefone, torrando dinheiro.
Quer que a gente case logo e compre um apartamento que vai nos deixar
endividados por vinte anos. O mundo quer que a gente ande na moda, que
a gente troque de carro, que a gente tenha boa aparência e estoure o
cartão de crédito.
Mãe também quer que a gente tenha boa aparência, mas está mais
preocupada com o nosso banho, com os nossos dentes e nossos ouvidos,
com a nossa limpeza interna: não quer que a gente se drogue, que a
gente fume, que a gente beba.
O mundo nos olha superficialmente. Não consegue enxergar através. Não
detecta nossa tristeza, nosso queixo que treme, nosso abatimento. O
mundo quer que sejamos lindos, sarados e vitoriosos para enfeitar ele
próprio, como se fôssemos objetos de decoração do planeta. O mundo não
tira nossa febre, não penteia nosso cabelo, não oferece um pedaço de
bolo feito em casa.
O mundo quer nosso voto, mas não quer atender nossas necessidades. O
mundo, quando não concorda com a gente, nos pune, nos rotula, nos
exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não pára para nos
ouvir. O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa e qual
é o nosso grau de instrução, mas não sabe nada dos nossos medos de
infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o
primeiro emprego.
Para o mundo, quem menos corre, voa. Quem não se
comunica se trumbica. Quem com ferro fere, com fero será ferido. O
mundo não quer saber de indivíduos, e sim de slogans e estatísticas.
Mãe é de outro mundo. É emocionalmente incorreta: exclusivista,
parcial, metida, brigona, insistente, dramática, chega a ser até
corruptível se oferecermos em troca alguma atenção. Sofre no lugar da
gente, se preocupa com detalhes e tenta adivinhar todas as nossas
vontades, enquanto que o mundo propriamente dito exige eficiência
máxima, seleciona os mais bem-dotados e cobra caro pelo seu tempo.
Mãe é de graça.
Boa notícia?
Fui contar pra minha mãe que há uma grande possibilidade de eu voltar pra Bahia em poucos meses. E claro, tentar dizer a ela que não estou cogitando a possibilidade de voltar a morar com ela. Nâo dá certo, sabe? A gente se machuca demais, a gente se faz chorar, é um inferno. Não dá certo. E como tudo que eu quero é paz, tô disposta a gastar alguns barõezinhos com o aluguel, tudo pela paz do mundo.
E acontece o que? Acontece que ela tá de mal. Antes de ficar de mal ela já jogou umas praguinhas. Que eu só vou poder pagar um apartamento no cú do judas, que eu nunca vou ter dinheiro pra nada, que isso, aquilo, whiskas sachê e o caralho a quatro.
Inferno.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Aqui - Ana Carolina
Aqui
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Em mim... Aqui
Maybe
Fui pra Bahia mexer no que tava quieto. Crente, crente que estava indo prum fim de semana piriguético, botando pá fuder, miseravona. Achando que ia chegar botando, e sair de lá com o corpo quente e o coração gelado.
Tava até com dúvida, vocês lembram?? Na verdade eu tinha era medo de chegar lá e descobrir que o cara não mexia nem mais um tico comigo, e acabar com a magia daquelas conversas que tinhamos no msn, alguns telefonemas... Medo de descobrir que não tinha mais nada a ver.
E não foi bem assim. Cheguei e PUFT. Parecia que eu tinha recomeçado de onde havia parado. Nada de silêncios sem graça, sorrisos amarelos, beijo-ou-não-beijo. Nada era pra ter dúvida: pega logo na mão, dá logo um abração, dá cá um beijo. Vamos ver minha família, conhece a minha mãe, vamos no cinema, praia, vamos tomar todas, vamos rir de bobagens, vamos se beijar até os lábios mudarem de cor, vamos falar da gente, não vamos prometer nada, como eu sinto falta de você, como você é especial, por que a gente tem que morar tão longe, eu te adoro, eu te adoro, eu te adoro.
Voltei com o coração cheio de dúvida e de saudade. Chorei por não saber, não entender. Por lembrar de como é bom fazer um cafuné nele, ouvir as histórias dele, ver que a gente se combina. Mas que não dá, por tantas razões.
A gente tem se falado desde que voltei, todos os dias. Várias mensagens por dia, falando da saudade que chega faz doer, como disse ele. Ele não fez nenhuma promessa dessa vez, mas isso não o faz menos perigoso, pois já aprendi a me iludir sozinha, sem que alguém precise me iludir.
Portanto, é melhor que fiquemos por aqui.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Yes, no, maybe...
Tô assim. Nem queria.
A situação é essa:
Namorei um cara, e arriei 4 pneus e estepe pelo infeliz. Mó mar de rosas, o bruto morava nos cafundós, eu me mudei pra Recife, e da noite pro dia ele decidiu que não dava mais, que cada dia ficávamos mais distantes geograficamente falando um do outro, me deixando a ver navios. Depois disso ele foi e se mudou pro quinto dos infernos, e eu decidi esquecer ele com Mr Commited.
Com sucesso.
Tanto sucesso, que nem tive medo quando ele se reaproximou com o papo de amizade. Curto o cara, sabe? Gosto dele, a gente se diverte horrores, se dá bem de verdade. Seria um daqueles amigos que se eu morasse junto dele, iríamos curtir muito. Ficamos amigos de msn, de telefonemas esporádicos, em datas especiais ou quando a saudade bate. Coisa básica. Até combinamos que se chegarmos aos 34 anos sem casar, a gente casa um com o outro. Ti meigo.
A gente se gosta de verdade. Nada de paixão. A gente se acha especial um pro outro.
Definido, bem definido.
O problema é que ele veio passar as férias na Bahia e está apenas a uma hora de avião de euzinha. Ligou, e está pedindo pra me ver. Eu vou ué.
ka ka ka. Se eu tivesse decidido assim.... Quando ele desliga o telefone e diz: "Então tá, pequena, um beijo, te adoro", eu penso.. Arrá!!!! Pra cima de muá, mermão??? Tá me tirando de comédia??? Tá achando que vou pra aí me dar ao desfrute com o cara que me dispensou, simpatia???? Tá achando que uso ácido?
Passam alguns minutos e eu penso... que besteira. Se eu ficar aqui, não vou fazer porra nenhuma. Se eu for, vou sair, bater papo, dar muita risada com ele, como a gente faz por telefone e me dá aquela vontade de estar cara a cara com ele... A gente vai tomar umas cachaças, beber, cair e levantar e depois até dar uns beijos, e vai rolar muito sexo, hummmmmmmm. E depois, eu vou voltar pra casa com a cútis linda, preparadérrima pro carnaval.
E também, se eu não for, vou ficar pensando em como seria se eu não tivesse ido. Como seria? Será que não era a oportunidade?
Oportunidade pra quê? O cara mora onde judas perdeu as botas, corre até o risco de pegar uma malária se a gente chegar a trocar cartas, um mosquitinho vir dentro do envelopinho.
Mas ele é tão bacana, nunca foi sacana comigo, ele tinha o direito de terminar comigo, a gente morava longe mesmo, não ia dar certo...
Ué, mas e aquelas mensagens apaixonadas que ele mandava depois de terminar e depois se fazia de desentendido? Não foi sacanagem não? Foi sacanagem das mais puras, sua jega.
Toca o nome dele no meu celular. Eu tremo toda. Vejo a foto dele no orkut.. nhééé, nem tô aí.
Prima Lôra disse que se eu tô em dúvida é por que não quero. Quero o que?
Deu pra perceber que tô confusa, né?? Sabidinhos. Eu não sei se caso ou compro uma bicicleta.
Ou se compro umas cervejas pro fim de semana ou uma passagem da TAM.
Uni du ni tê, sa la mê min guê...
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Família Pepino
Depois eu entendo. Aquilo ali é minha família. Família Pepino, como um primo apelidou anos atrás, mas é a minha família. Faz parte do show.
Tudo bem que minha tia e minha mãe brigaram que nem criança pequena (Você não quer me dar carona!! Eu não vou mais com você nunca mais!!), tudo bem que eu me estressei com meu irmão, tudo bem que era uma gritaria dos infernos, por que essa família parece que é tudo filho de índio pra ficar berrando pelos 4 cantos.
Mas valeu a pena.
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Primo Mala baixou no celular um controle remoto universal.
Muito útil. Indicado pra usar naquela barzinho que coloca um DVD chato, na praça de alimentação do shopping que ninguém consegue ouvir nada e também para desligar televisões que ninguém está assistindo.
E também pra desligar as televisões que estavam no caminho dele, inclusive aquela que havia um menino todo empolgado jogando video game.
Primo Mala é o terror das televisões.
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Todo mundo tomando seu café na manhã de Natal, e ouvem-se gritos e alguém sapateando.
- Uai, uai, uaaaaaaaai, ô mô pai, uaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai, abre, abre a porta, abreeeeeeeeeee!!
Será que o cachorro pegou ele?
Depois de muita comoção para salvar o tio CocaCola, ele entra na cozinha esbaforido. tinha tomado uma carreira da galinha e do galo por que foi mexer onde não foi chamado.
- Eu só queria trazer o pintinho pra vocês verem....
Poderosa Chefona, um poço de delicadeza, logo soltou:
- E você é débil?? Por acaso a gente nunca viu um pintinho?? Pra quê a gente queria ver um pintinho??? Mas só pode ser débil!! E ainda teve medo de uma galinha?? Que marca de homem é essa??
E depois eu ainda o vi subornando um menino de 10 anos para ir buscar o pintinho por cinco reais.
Meninos, eu vi.
domingo, 23 de dezembro de 2007
Eu desejo a vocês...
Que vocês tenham pais que vocês amem tanto a ponto do coração doer. (AMOR)
Que vocês tenham amigas que mesmo que fiquem distantes durante anos, quando se encontram é como se você sempre estivesse ali. (AMIZADE)
Que tenham família onde se recostar e se proteger. (FAMÍLIA)
Um bichinho de estimação que você possa colocar o gorro do papai Noel.(CARINHO)
Que tenham fígado pra beber, cair e levantar. (SAÚDE)
Um cartão de crédito com limite e que no bar a maquineta venha até a mesa. (BOAS FINANÇAS)
E alguém, uma paixonite que seja, por quem suas amigas poderão apelidar o garçom e berrar o nome dele toda vez antes de pedir um drink. (PAIXÃO)
Feliz Natal meus thutucos!!!
100% Misturada.
Quase baixo os reforços lá e chamo a central anti racismo. A figura em questão é loira contra a natureza, pois aquela lapa de nariz que ela ostenta não veio dos Alpes Suiços.
A questão não é a cor da minha pele, que por sinal eu adoro. Se eu pudesse escolher, viria com a mesma cor, e uns olhos verdes, um cabelo melhor não faria mal. Tenho certeza que os que me conhecem ao vivo não devem estar entendendo lhufas dessa história. "Stress Girl? Negra?"
Não devo ser negra na Bahia, mas em Recife devo ser. E quer saber? Não me importo, de verdade. Acho racismo uma burrice sem tamanho. E é isso que me incomoda: Por que, ao invés de falar de tantas outras características minhas (a baiana estressada, a chocolatra, a axezeira e etc etc) ela achou que o que mais me definia melhor era a cor da minha pele?
Mas o que se poderia esperar de alguém pra quem peço um brinco e me dá um colar??
Jega. Se cair de quatro fica no chão comendo capim, por que é BURRA.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Tutu.
Queria postar aqui uma mensagem beeeem bonita. Emocionar vocês, que nem o Régis fez lá no blog dele, na campanha de Natal do Frases de Impacto.
Mas sabe o que é?? Tempo. Falta de.
A semana que passei afastada do trabalho fudeu meu mês. Assim mesmo. E aí que ando correndo atrás do prejuízo que nem uma louca. Ando até rosnando pra algumas pessoas.
Hoje mesmo cheguei no trabalho à tarde por que fui fazer umas visitas lá onde judas perdeu as botas. Cansada, suada, o pé cheio de poeira, a pele brilhando. Toda uma pobre. Aí, encontro um cliente que estava me esperando desde de manhã. Por que quis, claro. Não me deixou nem respirar, cheguei lá, quase voou em cima de mim. Problema resolvidos, ele resolveu então me dar meu presente da Natal, ti meigo: Uma cesta de Natal. Ô, nem precisava... Uma cesta cheia de... orégano?? Tempero pra pizza?? Gelatina em pó sem sabor? Achocolatado Xuky??? Pô valeu, valeu mesmo. Agora que me sinto uma pobre mesmo.
E pra terminar o dia, ainda um infeliz me vê recebendo a cesta e liga, lá da mesa dele:
- Vida boa hein?
- Han?
- Vida boa essa sua. A manhã toda voando, e quando chega aqui ainda ganha presente de cliente.
- Péra, tem uma pessoa na linha querendo falar com você....
- Quem é??
- Tutu.
- Tutu???
tu-tu-tu-tu...
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Escrevi, mas não não mandei, não disse, não fiz nada.

Hoje não vai dar pra te ver.
Eu sei, eu sei. Há meses que venho te prometendo uma noite especial, um jantar especial, você e eu, lá em casa, naquele cantinho que você já considera até seu. Comprei até uma lingerie nova, sabia? Linda, você ia amar. A gente ia amar. Ia se amar até amanhecer.
Mas hoje não vai dar pra ser. Nem amanhã, nem depois. Não dá pra ser nunca mais.
Não, não é nada com você. É comigo. Não, não é aquele papo brega não. Não foi nada que você fez. Foi o que eu não fiz, e o que eu fico pensando em como seria se eu tivesse feito.
Tem algumas coisas que eu nunca lhe disse.
Eu não lhe disse como foi difícil ouvir suas histórias. Dar os conselhos que você pedia.
Como quando você me disse que queria começar de novo, com outra pessoa. Que não queria casar, que pra assumir um filho não era necessário um casamento. E eu disse pra você voltar pra ela, quando o que eu mais queria era que você se desse a chance de recomeçar comigo.
Recusar seus convites tentando não me envolver mais, com seus amigos e sua família. Fingir que naquele dia, depois daquele passeio de barco, quando você me arrastou pra conhecer seus pais, eu não queria estar ali. Eu me senti em casa, ajudando sua mãe na cozinha, jogando sinuca com seu pai. Eu fingi que não percebi que você estava querendo aprovação da sua família.
Fingi que não ficava louca de felicidade quando você me ligava mesmo quando eu estava a quilômetros de distância, somente pra ouvir minha voz, pra rirmos de besteiras juntos.
Que não gostava quando você falava que eu era sua namorada.
Que não percebia que você sentia ciúme de mim. Que meu coração não se enchia de alegria quando as pessoas olhando pra nós diziam que a gente combinava, que nunca ninguém viu alguém mais certo pra você do que eu.
Fingir que você era só sexo. Que eu cairia fora quando eu quisesse. Que eu sabia brincar.
Eu desci pro play, mas não sei brincar. Eu me apaixonei por você naquele dia que eu te conheci, naquela tarde de carnaval. Eu te desejei por todos os poros desde aquele momento em que saímos daquele bar e você entrou no meu carro. E de lá fomos pra outro bar, e outro e outro. Quando você me beijou no sinal de trânsito e deixou seu carro descer e bater num ônibus. E continuou me beijando, até que, contra todas as minhas regras, contra todos os meus pudores, terminasse na cama o que desejamos desde nosso primeiro olhar.
Eu me apaixonei e me arrependo de não ter nem me permitido chorar no dia do seu casamento.
Achei que se não admitisse essa paixão nem pra mim mesma, ela não existiria. Acredita que até hoje não admito que estou apenas esperando que as profecias de quem te conhece se cumpram, e o seu casamento acabe antes de completar seis meses?
Você era pra mim. Eu vivo com a sensação de que cheguei tarde na sua vida, que era comigo que você ia poder ser esse menino que você é e que tem que esconder, que tem vontade de curtir a vida, as baladas, os amigos. Mas o tempo não volta, filhos não se desfazem e casamentos não acabam sem que se esgotem primeiro todas as remotas possibilidades de dar certo.
E é por isso que hoje não dá pra te ver. Hoje eu resolvi assumir o que eu sinto. Era o que estava faltando para eu poder começar a te esquecer. Se eu não lutei por você antes, não é justo que eu lute agora. Não fui mulher pra isso. Mas também, que tipo de homem você foi?
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Mais uma carta pra coleção do "Escrevi, mas não mandei." Na verdade, o convite de Mr Commited teve uma resposta, mais resumida. Beeeeem mais resumida. Tipo: "Não dá."
Eu tinha vontade que ele soubesse de algumas dessas coisas que escrevi. Mas sem que eu precisasse dizer.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Um corpo bem definido.
domingo, 16 de dezembro de 2007
Viva o baseado
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Amigo Secreto.
Venhamos e convenhamos, todo final de ano é a mesma coisa e a gente nunca aprende. Já virou tradição de fim de ano se reunir para trocar porcarias e tranqueiras. E é em tudo que é canto: no trabalho, na família, na turma da cachaça, no prédio... e ai de quem não queria participar! Vai de pão duro à anti social a fama que nos perseguirá no próximo ano novo. E eu sou as duas coisas. Além de chata.
Ano passado foi a febre do Amigo Ladrão, aquele em que a gente pode ir e roubar a porcaria do outro caso a nossa seja muito intragável. Lá em casa, quase rolou pancadaria. Eu levei um litro de Licor de chocolate com um Cd de Emilio Santiago, e uma tia levou uma carteira feiosa que ela deve ter ganho no amigo secreto de mil novecentos e bolinha e tava repassando (isso também é tradição, essa coisa de repassar a mixaria que você ganhou). Pronto, estava armado o barraco. Eu logo falei que não queria aquela carteira, quase expulso ela da brincadeira e fiz o povo jurar que nunca mais íamos fazer amigo ladrão de novo. Nem chamar aquela tia.
Já no trabalho, foi uma mistura de Amigo Ladrão com Amigo da Onça. Ou melhor, com amigo fila da puta, aquele que leva coisas sem noção, bem ruinzinhas. Levei o livro Código Da Vinci e quando fui escolher meu presente, num embrulho lindo e prateado, cheio de lacinhos polipopléticos, estava uma cebola e metade de uma macaxeira. PUTA QUE PARIU, CARALHO!!! A macaxeira eu sabia até onde enfiar ela, mas e a cebola??? Pronto, fui lá e roubei um perfume e dei a macaxeira pra outra pessoa. Comigo mermo não.
E aqui estou eu, um ano depois, me vendo às tontas com esse diacho de amigo secreto novamente. Agora tenho que gastar 30 barão para dar um presente à uma pessoa que nunca troquei mais de três palavras com ela. E me preparar para ganhar um Cd da Roberta Miranda, que eu vou é colocar no amigo secreto da família.
Com cerveja.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Procurando no lugar errado.
Não.
Segundos depois, no scrapbook de Paulinho:
Oiê... posso dar uma dica?? Acho que ficaria mais fácil de encontrar um amor se você começasse por escrever certo: É SINCERO, não "Cinsero". Senão, é melhor começar procurando por uma gramática. É mais fácil, mais útil e o melhor de tudo: é pra sempre!
(Tá, eu sei. Sou uma mulherzinha bem intragável.)
domingo, 9 de dezembro de 2007
Mas nem tudo está perdido.
Sem falar no abraço, naquela pegada na cintura...
De quem?
Do Campos, vocês lembram dele?? Tava lá, lindo como sempre, aquele sorrisão de propaganda da Colgate, falando que foi pro Carnatal e odiou, que só tinha casal e gente feia. E que está cogitando seriamente o carnaval de Salvador.
Vocês acham que esses comentários são comentários de gente solteira?
Eu também acho. Tô achando que o namoro dele acabou e estou me candidatando fortemente à vaga. Tô fácil, fácil.
Confraternização? Humpf.
Meu coração deu um pulo. há séculos que ele não me ligava em casa. Perguntou como eu estava, se eu ia a festa. E eu já não prestava mais atenção ao que ele dizia. Estava apenas me perguntando porque esse cara ainda mexe comigo, porque, porque, porque.
Fui à festa, esperando pelo momento que ele chegaria. A verdade é que eu queria ir embora antes dele chegar, pois eu sabia que não ia poder usufruir de sua companhia, dar-lhe um abraço, ficar do seu lado a noite toda. E quando ele chegou, naquele lugar enooorme, meus olhos foram para direto nele. Senti seu perfume de uma distância enorme. E ali acabou minha festa.
A amiga que estava ao lado logo me puxou para irmos lá falar com ele, sem nem imaginar o que se passava dentro de mim. Beijar seu rosto, olhar pro chão, fingir que nunca fui dele, era tudo o que eu não queria. Claro que arranjei um jeito de me perder pelo caminho, adiando aquele momento. Em vão, claro, pois logo ele estava ao meu lado, beijando meu rosto, sorrindo pra mim, feliz. Feliz com quê, imbecil??
Murchei, sentei num cantinho com uma amiga e disponibilizei para fazer o que sei de melhor: falar da vida alheia. Em alguns minutos, ele atravessou o salão enorme, puxou uma cadeira e sentou ao meu lado. Brincava comigo, com aquele jeito dele que eu me rendo em alguns segundos.
- "Que decote é esse, rapaz? Isso aí é um problema."
- É só você manter seus olhos longe dele. Não terá problema nenhum.
E ria. Algum tempo depois, levantou e foi embora.
- Ei, porque vocês dois não namoram, hein?? Vocês combinam tanto. - disse uma colega de trabalho.
- É? Diz isso pra mulher dele, ela não vai gostar muito não. Ele é casado, sua Tonha.
Quanto tempo mais levará para que eu limpe de minha memória todos os bons momentos que vivemos? Mais: quanto tempo mais levará para que eu deixe de ficar imaginando "E se fosse diferente? E se naquele dia eu dissesse aquilo? E se, e se?"
Caralhos pensantes.