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domingo, 30 de setembro de 2007

Tudo bem!!

Ontem uma colega me chamou pra ir num sambão. Na hora eu fiquei preocupada. Em Salvador, sambão na maioria das vezes é sinônimo de baixaria, de graxeiras em hora de folga. Mas, como a pessoa que estava me convidando era de cathiguria, dei o crédito. E fui me arrumar.
O negócio é que eu tava me sentindo uma baranguete total. Troquei de roupa umas 5 vezes e nada estava bom. Comecei a me sentir gorda, com cara de bolacha, comecei a ver manchas na minha pele, achar meus dentes horrorosos... enfim, tava precisando morrer e nascer de novo pra sair no lucro. "Pronto, não vou mais", pensei.
Se a Silvia estivesse aqui, ela ia botar minha bola lá em cima, abrir meu guarda roupa, escoher uma roupa e dizer: "Tá linda amiga, quando a gente sai ninguém nem olha pra mim, só pra você!!" e eu dizer uns desaforos, dizer que ela é louca e mentirosa, mas ia vestir a roupa e sair pra beber e esquecer os quilos a mais. Mas Silvia não estava. Então fudeu a porra toda.
Mandei uma mensagem avisando que eu não ia mais, que broxei total. Recebi a resposta: "Deixa de morgação, vamos sim, vai ser muito bom! Bora logo."
A pessoa de cathiguria é minha chefe. Eu pensei que eu ia ouvir a segunda toda por ter desistido em cima da hora. Não tem Silvia pra empolgar, então vai a chefe pra pressionar. Como naquela propaganda da Ford, eu disse: "Tudo bem!!!"
Vesti uma calça jeans básica, uma bata bem folgada pra esconder as banhas e calcei uma rasteirinha. E fui, com o intuito de tomar uma cerveja e falar mal do mundo.
Quanto eu cheguei lá... meninas.... quantos gatos. E eu me sentindo a baranguete. O primeiro a quem fui apresentada, quando me olhou, me secou. (Tava mesmo precisando de uma secada). No beijinho que me deu no rosto, quase que derreto. Mas pois bem, foi só uma apresentação. Quando chegamos lá dentro, ele apareceu de novo, e disse pra minha amiga que aquele lugar estava muuuito bem frequentado. "Filha, ele tá te paquerando!! Dá mole."
Ele passou de novo, eu vi ele pedindo pra me apresentar de novo. Ela me apresentou novamente. E ele disse, me dando mais dois beijos muito gostosos no rosto que meu sorriso era perfeito, que eu era a mais gata da festa. Ui ui ui. Então se chegue meu nêgo, que eu tô facim, facim....
Jacaré chegou?
Não. Jacaré passou a festa me secando, mas não chegou mais perto. Anta. E eu ali, vem ni mim que eu tô facim. Fácil, fácil. E ele necas de pitibiriba. Queria que eu fizesse o que?? Te agarrasse?? Se Silvia estivesse ali, havia grandes chances disso acontecer. Mas era amigo da chefita. Fiquei com vergonhinha.
Andando mais um pouco, um cara fala bem no meu ouvido: "Oi Vizinha!!"
Olho pra ele com cara de ovni. Nunca vi mais chato. Passo direto. Daqui a pouco, vem outro, amigo dele. "Oi. Somos vizinhos!!"
"Anhé?"
"Te vi no elevador hoje. Somos vizinhos."
"Ahh.. rs.. tá certo então."
"Aliás vizinha... você é A vizinha." - e fez aquela cara de aprovação igual ao Seu Creysson.
Ninguém merece.

Voltei pra casa no maior zero a zero, mas pelo menos a auto estima subiu um pouquinho pro nível do joelho. Tava no pé. Mas foi o suficiente pra eu decidir que essa semana volto pra academia, não lavo mais o cabelo com água quente e farei limpeza de pele de quinze em quinze.
E tá dito. Vou ali me despedir do Big Tasty.

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