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domingo, 5 de agosto de 2007

Bruno de quem?

Se existe uma coisa que me incomoda é chamar alguém pelo nome e sobrenome. Poooorra, eu piro, acho a maior babaquice, coisa de patricinha. Aquela coisa de que "oooxe, ele é da família Falcão, minha filha!!" me enche. Grandes merda. Hoje em dia sobrenome é só sobrenome, não tem nada a ver com status. A prova é que Ayrton Senna era da Silva. E rico.

Acontece que parece que virou moda usar sobrenome até no maternal. Certo dia, uma amiga estava me contando que o filho dela apanhou na escola. Chegou em casa contando que tinha levado uns sopapos do "Bruno Rios". Que porra é essa??

Comentei o fato com uma amiga:
-Velho, na moral, isso soa tão metido, tão superficial!!
- Mas hoje é normal, queridinha. Vai ver também que tem dois Bruno na sala do pirralho.
- Sim, que seja! Se fosse na minha época a gente falava: Bruno gordo, Bruno magro.
- Ou se fosse no interior, seria Bruno de Zefa, Bruno de João.
- Pois é. Ou então teria apelido.
- É mesmo. Vai ver o pirralho estuda em escola de rico.
- É, deve ser. Porque se fosse escola de pobre ninguém ia usar sobrenome.
- É!! Ia ser Bruno Pereba.
- Bruno Sariguê.
- Bruno Viadinho.
- Bruno Cagão.
- Bigu. Ninguém nem ia saber o nome dele.
- É. Ele ia ser Cabeção. Leleco. Casca de Ferida.
- Eu tinha um monte de amigo que eu nem sabia o nome, só o apelido.
- Como é mesmo o nome de Chiclete?

Ah... nossas raízes.

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