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segunda-feira, 2 de julho de 2007

Pé de pato mangalô três vezes

Peço encarecidamente a vocês, leitores, que enviem para essa criatura que vos escreve qualquer amuleto de sorte: Pode ser um pé de coelho, um trevo de quatro folhas, aquela ferradura que não cabe mais nos vossos delicados pezinhos ou uma nota de 100 reais. (Tá, eu sei que não é amuleto.. mas ajudaria também... Vocês se apegam em cada detalhe....)

Explico: Tô numa maré de azar da porra. Tá foda. Vejam vocês que eu, ingenuamente, achei que estava com sorte quando acordei no sábado e vi que São Pedro fez uma exceção e nos brindou com uma dia lindo e ensolarado. Peguei meu Negãomóvel, e lá fui eu com a amiga Régis e a Giselle de Windsor rumo a Porto de Galinhas. U-hu.

Chegando lá, fomos andar de jangada. Barca furada dos cacetes. O jangadeiro só andou um tiquinho, largou a gente em cima de um monte de corais e a gente foi andando pelo meio das pedras. Da última vez que andei de jangada, o carinha lá largava a gente bem perto das piscinas, a gente descia da jangada com máscara e tudo, mergulhava, dava comida aos peixinhos... Belezinha de Creuza. Mas esse, não. Largou a gente lá, jogadas às pinaúnas, que nos espreitavam na torcida de nossa queda naquelas pedras afiadas, carregando nossas bolsas feito camelas.
Bom, como não podia deixar de ser, na hora em que tento subir na jangada, me desequilibro. Sem saber se caio pra trás, pro lado, pro outro, decido que devo cair de frente, de cara na jangada. Melhor quebrar os dentes do que morrer estrupiada, ou ficar com uma pinaúna enfiada na minha linda carinha. Nessa minha brilhante decisão, deixo cair a bolsa de praia. Molha carteira, molha a porra toda. Inclusive meu celular, que eu era super apegada e não pretendia trocar nos próximos dez anos. Ele nunca mais ligou. 1x0 pra zica.

Volto pra Recife injuriada por conta do celular. Resolvo fazer uma sauna pra relaxar com Giselle de Windsor. O plano era lavar os cabelos e ir pra sauna, e lá colocar um creme de massagem. Pois bem, lavo os cabelos e pego o elevador pra sauna, toda descabelada, com aquele cabelo que é lavado só no xampu, Bombril perde. Ah, sim: segurando uma toalha, de canga e biquini. Claro que justamente nesse dia tem que entrar um gatinho no elevador. Nunca entra nem barata. Mas nesse dia, tinha que entrar, não tinha graça. Ele entrou, me olhou assustado e ficou ali, no mínimo rezando pra que eu não puxasse conversa. 2x0 zica.

Chego na sauna, depois de passar por mais dois grupos de gatinhos que estavam na piscina (de onde caráleos surgiram esses homens, eu daria o cú pra descobrir!! Porra!!), fui pra sauna e me tranquei lá. Quando comecei a relaxar, PUFT! A bendita quebrou. Desço eu com cara de bunda. 3 x0 zica.

Resolvo ir no shopping ver se compro um celular novo. entro nas Americanas às 21:00hs. O simpático do atendente nem me olha. Moço, deixa eu ver esse celular aqui. Ele me dá o celular e começa a guardar os outros que estavam expostos numa caixa. Moço, deixa eu ver esse aí que tá na sua mão. Ele me dá o dele e toma o que eu estava vendo e GUARDA NUMA CAIXA. Peço pra ver outro modelo e ele dá uma de João sem braço. Moço. Moço. Moço... deixa eu ver... Moço! Ô MEU FILHO!!! VOCÊ VAI ME ATENDER OU TÁ MUITO DIFÍCIL???

- Anh? Ah... a senhora quer ver celular?
- Eu tô TENTANDO... mas tá ficando complicado, porque você tá guardando a porra toda... (Não, Pedro Bó, eu vim aqui pra ficar olhando pra sua cara linda...)
- É que a gente já tá guardando....
- Já fechou a loja por acaso?
- Não... são 9:15h.. a gente fecha às 10h.. mas já estamos guardando... que celular você quer ver?

Nenhum, eu disse com ódio, largando o celular que estava na mão no balcão. Querer comprar e não poder porque o atendente é preguiçoso é foda. 4x0 zica.

Passo na frente da C&A, Giselle me diz que lá agora eles também vendem celular. Entro, escolho um e vou pro balcão. Saco meu Mastercard. Aparece um pentelho louco pra bater as metas dele, me enfia um cartão C&A pela goela, sem eu apresentar nenhum documento. Aceito, até de bom grado, pois meu cartão já estava meio estouradinho com o limite. Daí, começa a pentelhação. O inferno do atendente queria porque queria que eu colocasse dependentes no meu cartão. Não, obrigada. Coloca a mãe. Não, ninguém. Coloca essa sua amiga aqui. Tenha dó né... quem coloca amiga como dependente de cartão??? Bebeu shampoo? Hunf. Aviso que estou com pressa, e ele me chama pra assinar a proposta. Estou lá assinando quando me dá aquela neura: Será que é cartão C&A mesmo? Duas propostas... por que?
- Meu filho, por que duas propostas?
- É assim mesmo...
- Assim mesmo?? Desde quando C&A é internacional?
- É por que vem assim...
- Eu só quero o cartão C&A.
- É só o C&A mesmo. Agora, depois vai chegar na sua casa um cartão mast..
- Vai chegar não, meu filho!!! Não vai chegar mesmo!! Eu não pedi cartão nenhum!
- Ah, mas a C&A manda assim mesmo... se você não quiser vo..
- SE eu não quiser não!! Já disse que não quero. E vocês não podem mandar nada pra mim assim, é contra lei!! Você quer bater suas metas, procure outra otária, pra cima de mim não! Se chegar qualquer cartão na minha casa, eu boto um processo em cima da loja!

Tomei a proposta da mão dele e rasguei. E ele ainda pegou o boi por que eu fiz o C&A. Ser feita de besta é pra se fuder. Mais um ponto pra zica: 5x0.

Bom, depois disso tudo, fui jantar com as meninas. A comida estava ótima. Comemos, rimos e na hora de ir embora, estou eu desfilando pelo corredor do shopping, quando THIBUM! No chão. Me espatifei no chão, uma queda daquelas bem bonitas, bolsa voa prum lado, sacola pra outro, e a gente fica ali, deitada, estirada no chão, até que alguma das nossas amigas pare de rir e nos levante. Ainda bem que uma me ajudou... a coitada até que tentou me segurar pra eu não cair. Melhor que Giselle de Windsor, que disse que não me ajudou porque achou que eu estava DANÇANDO. Dançando... até o chão. Cair em shopping é foda. 6x0 zica.

E pra completar essa zica toda, domingo estou indo levar Giselle de Windsor no aeroporto com Régis e páro num sinal. Um pivete pára na minha janela, eu olho pensando que ele quer algumas moedas. Me deparo com uma arma. O sangue desce pro pé. Ele começa a gritar pra passar a bolsa, celular. Fico nervosa, mas ao mesmo tempo não esboço nervosismo. Ele continua gritando, Giselle de Windsor está congelada ao meu lado. Só Régis repete o tempo todo pra eu não olhar pra o rosto dele, enquanto canta uma canção do Asa de Águia. Eu não tenho amigas normais. Bom, resultado: ele começou a gritar pra eu passar tudo pra ele, eu dizia que não tinha nada, ele me apontava a arma, eu pedia calma. Ele viu meu relógio, mandou eu entregar. eu tentava ganhar tempo, tirava o relógio do braço bem devagar, torcendo pro sinal abrir, algo acontecer.. tinha medo de abrir o vidro e ele me machucar. Medo de levar um tiro, de morrer ali. Eu só sei que olhei tanto pra arma que comecei a achar que era de brinquedo. E foi o que me deu coragem. Quando olhei pra frente, o sinal abriu e eu arrastei o carro feito louca. Eles não levaram nada, mas o pânico que eu senti ninguém paga. 7x0 zica.

Só sei que voltei logo pra casa, separei no carro a bolsa do ladrão com o celular quebrado e uma carteira velha. E agora, meus amigos, é sair chutando, porque eu devo é ter pisado em alguma macumba.

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