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domingo, 28 de outubro de 2007

O rei da cara de pau

Essa devia ir pro Homem é tudo Palhaço ou Mulé Burra. Mas vou contar aqui mesmo. Aconteceu com a colega de uma amiga e eu fiquei sem palavras com a cara de pau do cara.

Imaginem vocês que a garota chamou o carinha que tava saindo pra ir numa boate lá em Sampa, cuja entrada custava R$60,00 homem e R$ 40,00 mulher. Disse que o cara entrou na boate e detestou, ficou com a maior cara amarrada, típico mala. Cerca de 20 minutos depois, resolveu que ia embora e ficou reclamando que ia gastar sessenta "barão" com aquela boate chifrim. A moçoila, bem educada e ao meu ver, bem retardada, se sentiu cosntrangida pois o convite partiu dela e perguntou ao simpático se ele queria que ela pagasse a entrada dele, pois ela estava se sentindo mal por tê-lo chamado praquele lugar. Adivinha a resposta?

- Quero. - disse o esperto, sem nem pestanejar.

Pirem aí, velho! Fiquei em dúvida sobre pra quem dar o trófeu, se pra ele de tamanha cara de pau, ou pra ela, pra ver se ela aprende a não ser mongol.

Mas vocês pensam que acabou por aqui????

Não, tolinhos. A moçoila deve ter achado o máximo perder duas onças com o garoto e resolveu sair com ele novamente. Foram pra uma pizzaria com mais alguns amigos. A conta deu R$ 65,00 para cada pessoa. Ela olhou a carteira dela e tinha uma nota da onça. Pegou a bichinha e deu a ele, dizendo que só tinha aqueles cinquenta reais, pois não queria passar no cartão de crédito. E o que o simpático respondeu????

- Passa os 15,00 reais no Visa Electron.

Caralhos de asas, velho!! O cara não tem limites, não tem noção.

Ela não me contou a terceira parte, mas eu só posso imaginar que da próxima vez eles devem ter ido ao motel e no final ele deve ter olhado pra cara dela e ter dito:

-"Sabe, achei muito fraquinha essa transa. Não gostei muito não. Você não espera que eu pague o motel né???"

Aff.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A gente falamos certo.

- Oi mãe!

- Oi nega. Como você tá?

- Cansada. Fui no shopping comprar um terno e a moça me mostrou um e disse que era de "micofriba."

- kkkkkkkkkkkkk!! E vc?

- Eu perguntei: "De quê, moça??" e ela repetiu: Micofriba. Aí eu disse que de micofriba eu não queria não e deixei ela lá com esse terno dos infernos na mão.

- Hehehehe. Você é triste. Ó, você tá sabendo que Fulano vai se operar?

- Não. Operar de que?

- Fibrose.

- Cuma?

- Fibrase!!!???

- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, fibrase é uma pomada!!!

- Ah, porra. Você sabe do que eu tô falando!!

- FIMOSEEEEEEEE!!

- Que seja. Se você já sabia pra que ficar me enchendo o saco perguntando??

- Eu não sabia. Imaginei.

- Você sabia que era cirurgia no pinto. Podia ser mais o quê, se não fosse fimose?

- Sei lá, podia ser aquele negócio.

- Que negócio?

- Esqueci o nome.

- Lembra aê.

- Circu...circun... como é?

- Num sei...

- Circunsização.

- KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, tome, tome, tome, tome, sinhá burraaaa!!! Aqui se faz, aqui se paga!

Humpf. Minha mãe nem sabe brincar...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Momento Pollyanna

Vocês não sabem por que eu não contei.
Na minha viagem a Morro de São Paulo, pulei de tiroleza: 70 metros de altura, 240 de distância até o mar, de noite. Antes de pular, eu lá em cima, já toda equipada, presa nas cordas, um ser pergunta como é que faz quando chegar na água, para parar. A velocidade ia ser muita. A figura responde que tem um cara que fica lá no mar pra pegar a gente. Olho, pra conferir. Vejo os bracinhos dele na água. "É, ele vai me segurar."
Segundos antes de pular, vejo as pedras no mar. Penso: "Ainda bem que o companheiro tá lá na água pra me segurar antes que eu me estaboque nas pedras e purpurine meus pedaços por todos os lados."
Acontece que pulei, foi delicioso, maravilhos, libertador e orgásmico, mas quando cheguei perto do mar, passei pelo negão e ele nem thum. Nem esticou os bracinhos pra tentar me pegar. Cá com os meus botões, digo, com o meu colete salva vidas, pensei: "Me lenhei. Vou meter o pé nessa porra para ir parando antes que eu me estabaque nas pedras."
Thibum, meti as pernas na água. Ô porrada fila da puta, a batata até hoje arde. E eu, que estava com minhas sandálias Ivete Sangalo, presar nos tornozelos, que quebra maior galhão nessas coisas pois nunca escorregam do pé, as vi voando rumo aos pés de Yemanjá.
Sacanagem. Perdi as sandálias e ainda tomei mó cachação nas batatas da perna. Pobre tem que se lascar mesmo. Ainda por cima depois eu descobri que o negão tava ali só de figurante, fazendo PN (porra nenhuma), pois no fim da corda tem a trava pra gente não ir além. Muito lógico, muito prudente, mas o fila da puta foi inventar as merdas justo na hora que eu estava tão sugestionável!! Acreditei!

Bom, mas o que importa é que se Yemanjá leva, Yemanjá manda trazer. E hoje uma cliente foi lá me levar uma havaianas Slim bem do jeito que eu queria. Valeu mermo Yemanjá.

domingo, 21 de outubro de 2007

Desopilando o fígado...

*Diário de uma Dieta *

*Querido Diário,

Hoje começo a fazer dieta. Preciso perder 8 kg. O médico aconselhou a fazer
um diário, onde devo colocar minha alimentação e falar sobre o meu estado de
espírito.

Sinto-me de volta à adolescência, mas estou muito empolgada com tudo.

Por mais que dieta seja dolorosa, quando conseguir entrar naquele vestidinho
preto maravilhoso, vai ser tudo de bom.

*Primeiro dia de dieta*:

Um queijo branco. Um copo de diet shake. Meu humor está maravilhoso.

Me sinto mais leve. Uma leve dor de cabeça talvez.

*Segundo dia de dieta*:

Uma saladinha básica. Algumas torradas e um copo de iogurte. Ainda me sinto
maravilhosa. A cabeça doi um pouquinho mais forte, mas nada que uma aspirina
não resolva.

*Terceiro dia de dieta*:

Acordei no meio da madrugada com um barulho esquisito. Achei que fosse
ladrão. Mas, depois de um tempo percebi que era o meu próprio estômago.
Roncando de dar medo. Tomei um litro de chá. Fiquei fazendo xixi o resto da
noite.

Anotação: Nunca mais tomo chá de camomila.

*Quarto dia de dieta*:

Estou começando a odiar salada. Me sinto uma vaca mascando capim.

Estou meio irritada. Mas acho que é o tempo. Minha cabeça parece um tambor.
Janaína comeu uma torta alemã hoje no almoço. Mas eu resisti.

Anotação: Odeio Janaína

*Quinto dia de dieta*:

Juro por Deus que se ver mais um pedaço de queijo branco na minha frente, eu
vomito! No almoço, a salada parecia rir da minha cara. Gritei com o boy
hoje! E com a Janaína. Preciso me acalmar e voltar a me concentrar. Comprei
uma revista com a Gisele na capa. Minha meta.

Não posso perder o foco.

*Sexto dia de dieta*:

Estou um caco. Não dormi nada essa noite. E o pouco que consegui, sonhei com
um pudim de leite. Acho que mataria hoje por um brigadeiro..

*Sétimo dia de dieta*:

Fui ao médico. Emagreci 250 gramas.

Tá de sacanagem! A semana toda comendo mato. Só faltando mugir e perdi
250gramas! Ele explicou que isso é normal. Mulher demora mais emagrecer,
ainda mais na minha idade. O FDP me chamou de gorda e velha!

Anotação: Procurar outro médico.

*Oitavo dia de dieta*:

Fui acordada hoje por um frango assado. Juro! Ele estava na beirada da cama,
dançando can-can.

Anotação: O pessoal do escritório ficou me olhando esquisito hoje, Janaína
diz que é porque estou parecendo o Jack do "Iluminado".

*Nono dia de dieta*:

Não fui trabalhar hoje. O frango assado voltou a me acordar, dançando a
dança-do-ventre dessa vez. Passei o dia no sofá vendo tv. Acho que existe um
complô. Todos os canais passavam receita culinária. Ensinaram a fazer Torta
de morangos, salpicão e sanduíche de rocambole.

Anotação: Comprar outro controle remoto, num acesso de fúria, joguei o meu
pela janela.

*Décimo dia de dieta*:

Eu odeio Gisele B.

*Décimo-primeiro dia de dieta*:

Chutei o cachorro da vizinha. Gritei com o porteiro. O boy não entra mais na
minha sala e as secretárias encostam na parede quando eu passo.

*Décimo-segundo dia de dieta*:

Sopa.

Anotação: Nunca mais jogo pôquer com o frango assado. Ele rouba.

*Décimo-terceiro dia de dieta*:

A balança não se moveu. Ela não se moveu! Não perdi um mísero grama! Comecei
a gargalhar. Assustado, o médico sugeriu um psicólogo. Acho que chegou a
falar em psiquiatra. Será que é porque eu o ameacei com um bisturi?

Anotação: Não volto mais ao médico, o frango acha que ele é um charlatão.

*Décimo-quarto dia de dieta*:

O frango me apresentou uns amigos. A picanha é super gente boa, e a torta,
embora meio enfezada, é um doce.

*Décimo-quinto dia de dieta*:

Matei a Gisele B! Cortei ela em pedacinhos e todas as fotos de modelos
magérrimas que tinha em casa.

Anotação: O frango e seus amigos estão chateados comigo. Comi um pedaço do
Sr. Pão. Mas foi em legítima defesa. Ele me ameaçou com um pedaço de salame.

*Décimo sexto dia*:

Não estou mais de dieta. Aborrecida com o frango, comi ele junto com o
pão. E arrematei com a torta. Ela realmente era um doce...

*******************************************************************************

PS: Aos que estão pensando que tenho obesidade mórbida: Mórbido aqui só a minha fome e minha compulsão por doces. O ICM ainda tá normal, viu gente... as roupas ainda cabem e o manequim continua o mesmo 38/40. O problema é um ovni que se instalou aqui ao redor da minha cintura.... INFEEEERNO.

Vou pra Bahia, AGAIN!!!

E eu nem ligo pra vocês, pois feriado que vem eu vou pro Sauípe Fest ver o Chicletão. Tava precisando é disso mesmo, Chiclete nas veias.

Humpf.

De mal.

E sem falar que ando sem tempo.
Desde que voltei de Morro de São Paulo, resolvi encarar a balança e ela deu exatos #$ quilos. Não cabe a mim dizer por aqui. Mas também, depois que fomos aplaudidas em um rodízio por uma mesa de uns 10 adolescentes em fase de crescimento, o que eu esperava?
Sendo assim, estou encarando um regime fortissimo e entrei novamente pra academia. É o projeto carnaval chegando, e eu quero chegar lá bem malhadinha. Está funcionando, a balança já desceu quase uns 2 quilinhos.
Portanto, chego em casa morta da academia (essa primeira semana foi um horror, eu deitava e não conseguia mais me levantar. O que facilitou bastante o regime, pois nem coragem pra jantar eu tinha, dormia de vez), tomo um banho e durmo.
Além disso, voltei de viagem com três livros embaixo do braço para devorar.
O primeiro, A Cidade do Sol, de Khaled Rosseini, já era. Acabei num piscar de olhos.
O segundo, estou meio relutante, tentando me acostumar com a leitura de "A menina que roubava livros." Eu estava tão ansiosa para ler esse livro, mas já estou na 77ª página e ele ainda não me fisgou. Eu li em algum lugar que se o livro não captura o leitor até a 20ª página, não o fará mais nunca. Mas eu sou brasileira e não desisto nunca. Quero saber o que essa menina bacunhadora de livros tem de tão especial.

E aí, acabei deixando o blog de lado. Mas, quem se improta com isso, não seus leitores desnaturados?

Corta aqui, ó.

Vão plantar batatas.

Ando meio desgostosa com esse blog.
E nem venham me dizer que lêem mas não comentam.
Eu tenho dito:
Se não comenta, pra quê veio?????

Ora porra.

domingo, 7 de outubro de 2007

Balanço Geral - Melô do buraco

Estava eu saudosista vendo alguns vídeos no You tube, quando me deparo com esse, a melô do buraco e de cara acho o buraco que me atormenta durante anos, bem na rua da minha casa. Sempre achei que um dia meu carro ia cair ali e sumir para todo o sempre.
"É uma vergonha, seu Valera!! Os pessoal da prefeitura só asfasta bairro nobre!! Asfasta ali, asfasta aqui, mas lá ninguém asfasta nada seu Valera!! Eu vou chutar o balde, seu Valera!!!!"

QUEREMOS SOLUÇÃO!!

Balanço Geral, balanço geral!!

Se tem uma coisa que me entristece em morar em Recife, é saber que o tempo não parou a Bahia e as coisas continuam a acontecer mesmo sem que eu esteja lá para presenciar.
E parece que o tempo corre tão rápido!!
Hoje mesmo fiquei tão abatida quando vi uma foto do Varela, ou se preferirem, do Valera. Tão velhinho, frágil!!
Podem me chamar de baixo astral, mas eu gosto do Seu Varela. Mais do que apenas um jornal, o Balanço Geral me lembra muito meu pai, que aliás tem o mesmo modo de falar do Varela. Cresci ouvindo o Balanço Geral, meu pai amava e eu odiava, achava bizarro aquele homem gritando e dando murros na mesa.
Acontece que, como diz aquela música "quantas canções que você não cantava hoje assobia pra sobreviver", o tempo passa e certas coisas acabam se tornando referência na vida da gente. Pra mim, o Balanço Geral se tornou referência de um passado, aquele que logo depois de me pegar na escola o meu pai sentava-se na mesa comigo e almoçava às pressas para logo voltar ao trabalho. Era um momento tão corrido, ele ligava a televisão no Balanço Geral, engolia a comida, perguntava se eu tinha dever de casa pra fazer, resmungava algumas coisas entre uma garfada e outra, pegava uma banana e saía correndo, com aquele passo apressado dele, que eu com minhas pequenas pernas não consegui acompanhar.
Eu quero poder voltar pra Bahia e ainda ter Balanço Geral com "Seu Valera" pra assistir, batendo na mesa, e falando de todos os sacripantas e canalhocratas desse Brasil. Na maioria das vezes eu vou discordar dele, mas ainda assim, eu quero ouvir Seu Varela.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Amigos de infância

É muita ilusão da gente achar que a qualquer momento da vida poderemos fazer novas amizades de infância. Claro que é bom fazer amigos, ainda mais na situação em que me encontro, morando sozinha numa cidade. Mas podem surgir vários, que me levem pra balada, que me façam companhia num cinema, que tomem um chopp despretensioso, que ouçam minha ladainhas, que até me dêem força. Mas não são como os antigos.
Vocês devem lembrar de que o Mr Commited engravidou a esposa de novo. Eu recebi a notícia aqui em casa, nós dois comendo uma pizza, brincando, rindo. Ele havia me chamado pra almoçar, e eu liguei pra uma amiga daqui, pra contar pra ela, pra dizer que não sabia se devia ir ao encontro dele. Ela me deu a maior força. E naquele dia eu me entreguei mais uma vez, por ser iludida, por ser apaixonada, por ser idiota. Quando ele me contou que ai ser pai novamente, perdi o chão. Não sei nem por que. Nem quero saber mais, pois já passou, já superei, já era. Peguei foi nojo dele. Ele liga, aparece no trabalho e eu sou um bloco de gelo. Nem tô aí.
Mas eu tô falando disso tudo novamente por outro motivo. Por que quando eu cheguei no trabalho, arrasada, eu fui ligar pra a mesma amiga que tinha me incentivado a vê-lo. Lembro que naquele dia tínhamos chegado a conclusão de que ele ainda mexia demais comigo.
Só que quando eu liguei e contei tudo, ela já sabia. Ele tinha contado a ela no dia anterior e pediu segredo, que ela jurasse que não ia me contar.

Tudo bem. Promessa é promessa.
Mas ninguém tira da minha cabeça que pra minhas verdadeiras amigas aquela promessa ia ter o mesmo valor de uma nota de três reais. Pois eu tinha o direito de saber. E mesmo se não tivesse, eu só esperava que ela não me justificasse nada, mas que não me desse aquela força pra ir vê-lo. Eu faria isso por ela. E nem somos amigas de infância.

Pra ser um burro completo só faltam as asas

Eu tenho ódio de gente burra. Eu perco o meu dia quanto eu me deparo com uma topeira.
E o pior que tem gente que é uma mula, burra que nem uma porta e que se acha melhor que você.
É o caso de um infeliz que eu atendi hoje. Há tempos eu tento explicar a mesma coisa pra ele. De todas as formas. Ele fica lá com aquela cara de cu, fingindo que está entendendo, para segundos depois me perguntar a mesma coisa.
Na verdade o problema não é a ignorância desta porta. O problema é que ele se acha inteligente, quando na verdade é uma besta quadrada, uma anta. Depois de eu explicar tudo, detalhadamente, quase desenhando, ele vira pra mim e diz que nem eu deveria saber direito o que eu estava falando, pois ele tinha certeza de que no lugar tal, as coisas não funcionam assim.
Putz, eu tive vontade de mandar ele pegar toda aquela burrice dele e enfiar no cú. O cara não sabe desenhar um "O" com um copo e ainda se acha esperto, o sacana. É o tipo de gente que acha que cada banco cobra uma alíquota de CPMF diferente. Ou seja, alguém que merece morrer por ser tão enérgumeno.
Pra burro só faltam as asas. Eu ODEIO gente burra. Morram todos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Cheirinho faz feliz.

Eu tenho uma time machine. Há tempos eu já desconfiava, mas só hoje eu tive certeza de que posso sim, voltar no tempo.
Eu hoje saí do trabalho fui fazer compras. Estava chateada, mal humorada, cansada, exausta. Fui num mercado mais perto de casa e não no que eu costumo ir sempre. Cheguei lá, mó filão. Quase desisto de fazer compras. Mas a despensa estava uma igreja e eu me arrastei por entre as prateleiras.
Finalmente cheguei na parte de que mais gosto: a da higiene. Meus olhos brilham diante de tantos shampoos, hidratantes, sabonetes e cremes que prometem deixar meus cabelos igual ao da Alessandra Negrini. Além dos cremezinhos para a pele, of course. Lembrei que a minha pele anda meio oleosa, culpa do banho quente que venho tomando desde que me mudei. (Antigamente, quando eu morava na Bahia, nunca tive chuveiro quente em casa. Minha mãe se recusava a consertar e a gente se acostumou. Ótimo para a pele e os cabelos, péssimo para os dias de chuva. Nem tudo é perfeito.)
Procurando um sabonete para o rosto, eu passei por um Soapex. Olhei para ele. Ele olhou pra mim e disse, entre bolhinhas de sabão: "Me pega, me cheira, me leva pra casa."
E eu obedeci, sem mesmo saber por que. E ao cheirar, fui submetida a uma viagem no tempo.
Fui para em algum dia de novembro de 2005. Um sábado ensolarado, lindo. Saí com a Sílvia e com Fafau para ir ao encontro da minha primeira tatuagem.
Em segundos, eu estava lá, sentada na cadeira, querendo fugir, Silvia se pocando de rir da minha cara, Fau admirada com a minha coragem. De lá, fomos no shopping, comprar filme plástico, bepantol e Soapex. Deu ainda tempo de chegar em casa e encontrar minha mãe chateada por conta da tattoo. E principalmente demorar naquele banho, Fau ainda ensaboando minhas costas, e ainda a minha mãe a contragosto fazendo meu curativo.
Eu vivi tudo isso pela pechincha do preço de um Soapex.
E tô aqui, cheirosinha a Soapex, depois de um banho gostooooso, escrevendo pra vocês, me sentindo feliz e bonita, como se estivesse vivendo aquele momento de alegria, em que estava em casa, ao lado dos amigos, esperando o convite de um carinha pra sair a noite, usando um vestidinho fresquinho, um plástico colado nas costas, me sentindo uma lagarta que virou uma borboletinha.
God Bless my noose, eu sou a pessoa mais olfativa dessa fase da terra.

domingo, 30 de setembro de 2007

Faz de conta.

Hoje tava lendo o blog da Flavinha.
Tava lá um post que me fez pensar. Nossa vida é uma farsa mesmo? Estamos sempre brincando de faz de conta?
Nosso otimismo é de verdade, ou é um faz de conta?
Nosso pessimismo é real, ou fingimos ser pessimistas apenas para não ficarmos com cara de tacho quando tudo der errado?
Eu acho que às vezes minha vida é um verdadeiro faz de conta. E a de vocês? Será que não é também?
E hoje, achei um texto da Martha Medeiros, de quem sou fã por inteiro, que se encaixou perfeitamente.
Deliciem-se.

"Faz de Conta

Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: FAZ DE CONTA QUE EU TE ODEIO

Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: FAZ DE CONTA QUE EU TE AMO.

Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: FAZ DE CONTA QUE EU DOU CONTA DO RECADO.

Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO QUERO.

Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto:FAZ DE CONTA QUE EU ME IMPORTO.

Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO SOFRO.

Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: FAZ DE CONTA QUE EU ENTENDO.

Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: FAZ DE CONTA QUE EU COZINHO.

Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy:FAZ DE CONTA QUE NÃO DÓI.


Martha Medeiros""

Tudo bem!!

Ontem uma colega me chamou pra ir num sambão. Na hora eu fiquei preocupada. Em Salvador, sambão na maioria das vezes é sinônimo de baixaria, de graxeiras em hora de folga. Mas, como a pessoa que estava me convidando era de cathiguria, dei o crédito. E fui me arrumar.
O negócio é que eu tava me sentindo uma baranguete total. Troquei de roupa umas 5 vezes e nada estava bom. Comecei a me sentir gorda, com cara de bolacha, comecei a ver manchas na minha pele, achar meus dentes horrorosos... enfim, tava precisando morrer e nascer de novo pra sair no lucro. "Pronto, não vou mais", pensei.
Se a Silvia estivesse aqui, ela ia botar minha bola lá em cima, abrir meu guarda roupa, escoher uma roupa e dizer: "Tá linda amiga, quando a gente sai ninguém nem olha pra mim, só pra você!!" e eu dizer uns desaforos, dizer que ela é louca e mentirosa, mas ia vestir a roupa e sair pra beber e esquecer os quilos a mais. Mas Silvia não estava. Então fudeu a porra toda.
Mandei uma mensagem avisando que eu não ia mais, que broxei total. Recebi a resposta: "Deixa de morgação, vamos sim, vai ser muito bom! Bora logo."
A pessoa de cathiguria é minha chefe. Eu pensei que eu ia ouvir a segunda toda por ter desistido em cima da hora. Não tem Silvia pra empolgar, então vai a chefe pra pressionar. Como naquela propaganda da Ford, eu disse: "Tudo bem!!!"
Vesti uma calça jeans básica, uma bata bem folgada pra esconder as banhas e calcei uma rasteirinha. E fui, com o intuito de tomar uma cerveja e falar mal do mundo.
Quanto eu cheguei lá... meninas.... quantos gatos. E eu me sentindo a baranguete. O primeiro a quem fui apresentada, quando me olhou, me secou. (Tava mesmo precisando de uma secada). No beijinho que me deu no rosto, quase que derreto. Mas pois bem, foi só uma apresentação. Quando chegamos lá dentro, ele apareceu de novo, e disse pra minha amiga que aquele lugar estava muuuito bem frequentado. "Filha, ele tá te paquerando!! Dá mole."
Ele passou de novo, eu vi ele pedindo pra me apresentar de novo. Ela me apresentou novamente. E ele disse, me dando mais dois beijos muito gostosos no rosto que meu sorriso era perfeito, que eu era a mais gata da festa. Ui ui ui. Então se chegue meu nêgo, que eu tô facim, facim....
Jacaré chegou?
Não. Jacaré passou a festa me secando, mas não chegou mais perto. Anta. E eu ali, vem ni mim que eu tô facim. Fácil, fácil. E ele necas de pitibiriba. Queria que eu fizesse o que?? Te agarrasse?? Se Silvia estivesse ali, havia grandes chances disso acontecer. Mas era amigo da chefita. Fiquei com vergonhinha.
Andando mais um pouco, um cara fala bem no meu ouvido: "Oi Vizinha!!"
Olho pra ele com cara de ovni. Nunca vi mais chato. Passo direto. Daqui a pouco, vem outro, amigo dele. "Oi. Somos vizinhos!!"
"Anhé?"
"Te vi no elevador hoje. Somos vizinhos."
"Ahh.. rs.. tá certo então."
"Aliás vizinha... você é A vizinha." - e fez aquela cara de aprovação igual ao Seu Creysson.
Ninguém merece.

Voltei pra casa no maior zero a zero, mas pelo menos a auto estima subiu um pouquinho pro nível do joelho. Tava no pé. Mas foi o suficiente pra eu decidir que essa semana volto pra academia, não lavo mais o cabelo com água quente e farei limpeza de pele de quinze em quinze.
E tá dito. Vou ali me despedir do Big Tasty.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Pesquisa

Vocês receberam hoje um monte de mensagens de texto no celular que fingiam que queria nos perguntar algo muuuuito sério e no final dizia: "Quem matou Tais??"

Receberam, ou só eu tenho amigos tão malas sem alça??

Bebe negona...

Hoje eu vou beber pra esquecer môs pobrema, oh mô pai.
E vou mesmo.
Hoje eu vou beber pra esquecer as festas, os lugares e as pessoas que antes eu tinha do meu lado toda hora e que agora preciso desembolsar quase 500 reais para poder aproveitar.
Eu tô muito puta.
Vou beber pra dormir anestesiada, pra ver se afogo as mágoas e o tédio na cachaça.
Vou beber com força e com ódio por não estar ao lado das antigas companhia de copo.
Com ódio por que chega uma idade em que a gente não faz mais amigas de infância.
A gente até se diverte, ri, fala besteira, mas quem tá ali na nossa frente não nos conhece pelo olhar, não está livre de nos julgar até.
Sinto saudade dos amigos e vou beber por isso.
E vou beber mais ainda porque não sei se eles sentem tanta falta de mim quanto eu sinto a deles.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

The End.

Estou com o coração bem pequenininho. Vocês sabem como é né? Daquele jeito em que a gente fica, com um peso no estômago, o coração apertadinho, no dia em que a gente quer que pare o mundo, pois eu quero descer.
E sabe por que?
Por que, como boa ariana que sou, sou de cutucar casa de maribondo. Sou de bater a cabeça na parede. Sou uma mula de teimosa. E eu acho que tudo no mundo pode ser da forma que eu quero. E hoje eu achei que valia a pena aceitar o convite de Mr Commited para almoçar. Logo hoje.
E a gente fugiu na hora do almoço, pra se ver. E ficar junto, e rir e falar besteira e beijar.
E do nada, ele me conta que a vaca parideira está grávida mais uma vez.
Eu nem acreditei. Nem acreditei.
E nem acredito ainda que me meti numa história assim.
Minha cara mudou instataneamente. Ele começou a se explicar, dizendo que estava arrasado, que ela não pára de chorar, que não pára de pensar que não era essa a vida que ele queria pra ele. Queria naquela hora surtar e dizer pra ele que o que ele tem que parar é de FUDER, pra ver se não coloca mais filho nesse mundo.
Fui embora. Mais tarde ele foi lá na agência. Perguntou se eu estava chateada.
Com que direito, me digam?
Com que direito, se eu me dei a esse papel???
The End.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Aff

Entro no msn com o nick: "Falta pouco para me convencer de que sou a pessoa errada."

Mineiro deve achar que é pra ele. E responde:
-"Se eu puder ajudar a te convencer que você não é a pessoa errada..."

Alguém me ajude, os céus tão de brincadeira comigo. Qual é a dele?

A bebida me transforma

Porra, tô precisando parar de beber.

Não bastou eu ter enchido a cara de tequila e ter ficado com o mineiro naquele bendito sábado, até hoje ele me cobra por promessas que fiz naquela noite. Por que caralhos de asas eu abri minha boca e falei que conhecia um vinho ótimo e que a gente tomaria juntos????

Agora a pesta tá aqui no msn, com o nick: "Nunca acredite numa baiana."

Não fode, porra. Pra que inferno eu beijei esse cara?? Me digam, pra que???

Nunca mais bebo hoje.

Pirem aí...

Vocês lembram da história do papelzinho que entrou voando pela minha janela com o nome de um carinha, justo na hora em que uma amiga me dizia que o homem da minha vida não ia aparecer do nada??? Pois bem... eu até que andei por aí procurando pelo tal nome do papel, mas não tive muito sucesso. Desencanei.

Quando foi essa semana, uma nova amiga que mora em outro estado, e que mal vi umas duas vezes, me mandou um email, querendo que eu conhecesse um amigo dela que mora aqui em Recif,e gente boa e talz. Vocês devem estar pensando que o tal amigo é o dito cujo do papel, mas não é, seus tolinhos.

Só sei que acabei de receber um telefonema do amigo dela, me chamando pra sair e comer alguma coisa. Eu acbaie recusando pois acabei de chegar do trabalho e tô me sentindo um lixo. Ou o gari. Conversa vai e conversa vem, ele me perguntou onde eu estava morando. Respondo e ele me diz: Pôxa, tem um amigão meu que mora aí: o Fulano!!

O Fulano do papel. O mundo é um ovo de codorna.