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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Pega Ninga.

Eu tinha planejado ficar o fim de semana inteiro de perna pro ar, balançando na rede, fazendo porra nenhuma. Eu tenho andado muito cansada, vou dormir com o corpo todo doído e já acordo com as pernas doendo.
Acontece que sexta feira eu tive uma notícia muito boa, mês de setembro eu fui destaque lá no trabalho e fiquei em primeiríssimo lugar na região. Coisa boa de se comemorar. E aí, surgiu um convite meio torto de se ir pra uma boate lá em Porto de Galinhas. Joguei umas roupas na mala e fui na sexta à noite.
Lugarzinho muito bom. Um ovo. Uma Biroska. Aliás, esse é o nome. O bom é que, por ser tão pequeno, lota sempre. E proporciona maior integração. Pena que não gosto de me integrar com mulher, e tinha mulher a rodo. Só me restou beber.
Depois ficamos por lá mesmo. Sábado pela manhã, eu tomaria um cervejinha na praia, um solzinho básico... mas não. Minha amiga inventou que deveríamos andar de lancha lá onde judas perdeu as botas e lá fomos nós. Uma hora e meia de estrada pra chegar lá e descobrir que lá estava chovendo. Que não ia rolar passeio de lancha nenhum, e que eu ia ficar lá o dia inteiro vendo ela babar o sobrinho, um pequerrucho muito do lindo, muito do fofo, de um aninho de idade.
Quem me conhece sabe que o que eu mais precisava mesmo era carcar o dente à noite, sair de lá chamando urubu de mue lôro, Jesus de genésio. E saímos de lá nove da noite rumo ao Biroska novamente.
Alah ouviu minhas preces, pois desta vez estava era lotado de homens. Coisa boa se beber num lugar assim, olhar pra todos os lados e se ver cercada de machos. O problema é que o local estava tão cheio que beber meu Whisky com Red bull era uma prova olímpica. Eu ia até o bar, voltava sorridente com meu copinho na mão, dava umas três goladas e thipaf. Agluém derramava meu copo. Tava difícil de ficar bêbada, e eu tava muito precisada, sabe?? Pois os moçoilos estavam muito tímidos, e o único mais afoito devia ter uns 20 anos, coisa que eu de pilequezinho nem ia observar.
Tentei mais umas duas vezes tomar o diabo do whisky. Derrubaram o copo inteiro. Revoltei-me. Peguei uma cerveja e voltei pro meu canto, cercada de homens, revoltadérrrima.

- "Ô. Desistiu do whisky?"
- Juro que tentei.
- Toma do meu.

Nem pensei duas vezes. O simpático tava com uma garrafa dos melhores whiskys na mesa. Claro que tomo. Tomo sim.
Amiga já tinha dado a idéia pra eu paquerar com ele. Ele já tinha me dado umas olhadas. E o cara é podre de rico. Eu nem queria.
Mas não deu. Minha cachaça foi baixando, ele ia se aproximando, eu me saía de um lado. Quando eu vi que meu nível alcoolico tava impedindo a situação, saí decidida a pegar mais um whisky e sair de lá com um fuzil na mão caso alguém derramasse ele de novo. Voltei serelepe com metade do copo ainda cheio pra constatar que o moçoilo tinha dio embora. Quem mandou eu não avisar que ia ali e voltava já, fui comprar maracujá?
Revoltei-me. Quero ir embora também. Fui pra fila. Lá estava ele, me deu um beijo gostoso no rosto, me olhou e... e porra nenhuma. Pícaras sonhadoras.
E foi assim que voltamos de porto, 5 da matina.
Gastei muito, bebi muito, me cansei muito e voltei nesse pega ninga.
Mas esse eu pego depois. Vou fazer um investimento.

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