Aluga-se
Meio que sem blush, meio despenteada, meio que sem gloss.
Um céu meio que nublado, um vestido desbotado, a chuva que embaça os vidros do carro.
Um sapato que aperta o pé, um zíper que emperrou, um cacho de cabelos que despencou.
Tenta manter a postura, abre um sorriso branco, reluzente. Falso.
Tenta fingir que está tudo bem, e as horas seguem no relógio, uma após a outra, alhei à sua vontade.
Na família tudo bem, no trabalho tudo ok.
Mas dentro do peito tem um apartamento com cama de casal e o lado direito da cama está sempre frio demais.
E nem um perfume no outro travesseiro.
É solidão demais para um quarto e sala.
É solidão demais.
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