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sexta-feira, 15 de junho de 2007

É pá se fuder.

Ontem eu cheguei em casa tão emotiva, que vim direto postar aquela enchente de sentimentos. Só que o post sobre Salvador acabou me salvando, e só por ontem, eu me privei de falar sobre o que mexeu com meu dia inteiro. Só hoje de manhã é que me lembrei de que nem jantei ontem. Coisa grave.

Pois bem. Ontem eu fui indicada para ir trabalhar numa outra filial, para cobrir uma gerente que havia sido demitida. Enquanto não havia decisão sobre quem ficaria no lugar dela, eu fui lá tapar buraco. E daí, recebi a notícia: Ele seria o indicado, recebeu a promoção que tanto esperava. Virou gerentão.

Eu vivi dois momentos simultâneos: fiquei feliz pra porra e fiquei fudida. Feliz por ele, por que o que mais quero na vida é que aquela figura se dê bem. E fiquei fudida por não poder participar, não poder comemorar, ter que receber a notícia com cara de paisagem. Nada de U-hus, Vem cá meu nego, hoje a noite é nossa. Além disso, eu estava ali, sentadinha na cadeira que seria dele, ajeitando tudo para quando ele fosse chegar. Ou seja, respirando ele durante as 8 horas de jornada de trabalho. Falando com ele durante o expediente para resolver questões de trabalho. E sendo tratada como uma boa amiga, uma boa colega de trabalho. Arraso total.

Lá pelas tantas ele liga no meu celular. Pergunta se posso levar uma documentação até ele quando eu saísse do trabalho. Na hora eu praguejei comigo mesma, pois se eu não estava aguentando ouvir a voz dele imagina VER ele. Mas fui, mesmo sabendo que poderia ter mandado um fax, mesmo abendo que ele poderia esperar até o dia seguinte para alguém levar até ele, mesmo sabendo que aquela era ad esculpa que nós dois esperávamos para nos ver, sem admitir que era isso que queríamos.

Cheguei lá, liguei e ele foi até o meu carro. Eu gelava. Ele entrou, e pude ver o quanto ele estava nervoso por estar ali, sem saber o que falar, pra onde olhar, como respirar. Me deu a mão. E ficamos lá, de mãos dadas, nos olhando, falando bobagens. Constatando que nada passou. E ficou no ar se nos veríamos novamente, ele chegou até a perguntar por que eu não queria mais saber dele. A aliança no dedo dele, quase me cegando, parecia não ser a resposta.

E foi assim que eu voltei pra casa, com o cheiro dele na minha mão, sem entender direito o que rola entre a gente, apenas com a certeza de que estou apaixonada pelo cara certo na vida errada. E depois, quando ele ligou, também veio a certeza de que também mexo com ele, que ele também está envolvido. E depois de muito pensar, também cheguei a conclusão de que se eu ceder mais uma vez, uma vez sequer, estarei arruinada, estrupiada. Serei amante a vida toda, à base de muito Olcadyl.

E é por isso que eu digo não, mesmo quando meu corpo me denuncia, meu olhar me trai e minha boca implora por um beijo de quem não pode nunca ser meu.

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