Seguidores

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Mato a cobra e mostro o pau!

Andam dizendo por aí que tentei matar uma barata com laquê de cabelo. É intriga da oposição. "Tentar" o caralho, eu matei mesmo. Funcionou que é uma beleza. E não fede, nem nos deixa intoxicadas. (Um pouco tontas, vá lá... mas nada que nos mate.)
Juro que outro dia, estava no salão de uma amiga, quando chegou a irmã dela, com uma sacolinha de mercado.
- Oie, menina! Tudo bem? Foi no mercado?
- Pois é, fui comprar esse spray, que acabou.
- Hum..
- Eu tô usando, viu? Minha irmã me contou que você usa pra matar barata. Eu testei e adorei. Funciona mesmo. Ja acabei um pote todo!

Fico feliz em contribuir assim para a humanidade. Compre já o seu laquê. Aviso logo que só testei com o Aspa. 100% de aprovação.

E taí o post que escrevi na época, narrando a descoberta:

"Sábado à noite, Amiga apareceu lá em casa para uma sessão nadística. Nadística, de nada. Combinamos de fazer nada juntas, já que eu estava com a garganta hiper mega combo inflamada e não tinha ninguém lá em casa para cuidar de mim: a poderosa chefona foi passar o fim de semana na casa da minha tia e eu fiquei alone.

Pois bem, loquei o filme do Ray Charles e ela sacou a bomba calórica mais gostosa da face da terra: Nutella!!!

A postos, começamos a ver o filme, detonando o pote... tudo muito bem... abrimos as portas, as janelas, para entrar um ventinho... e até que entrava um ventinho gostoooso (para você ver como estava tudo muito bem! Ultimamente está fazendo um calor infernal. No Senegal deve estar mais fresco!)... Daí, entrou pela janela, esfuziante, rodopiando e saltitante o bicho mais asqueroso do planeta.

Eu posso ficar numa salinha presa junto com uma cobra, mas nunca com um daqueles. Nojento. E era daquelas cascudas, pretonas, com antenas enormes. E pro meu total pânico, era voadora.

Dei um salto mortal do sofá e fui parar na varanda em 2 segundos. Gritando, é claro. Faça idéia. Uma pessoa com garganta inflamada gritando em pânico. Foi isso. Quando cheguei na varanda, descobri que estava encurralada: eu fui para lá para entrar de novo pela porta da cozinha, mas estava fechada. E eu imaginei a barata entrando ali, e eu me debatendo nas grades, na porta, na rede. Quebrando o pé, os braços, ela entrando pela minha boca. E eu morrendo de infarte. Imaginei tudo isso sim. Por isso, gritei feito uma alucinada para que Amiga me salvasse, abrindo a porta da cozinha:

- AAAAAAAAAAAAABRE PELAMORDEDEUS, AMIGAAA, SOCORROOOOO AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAABREEEEEEEEEEEEEE JESUUUUUUUUUUUUUUUUUUUS CRISTOOOOOOOOOOOOOOOOO SOCORROOOOO!!

Entrei em pânico, e ela abriu a porta, meio que em dúvida se devia fugir da barata ou de mim, que a essa altura devia ter as órbitas saltadas da cavidade ocular.

Corremos para o corredor, fechando as portas do quarto. O plano era se trancar ali e só retornar para a sala no dia seguinte. Ouvi dizer que barata só vive um dia. E ela não ia ficar dando bandeira num dia de sol. Mas acontece que tínhamos que voltar para sala: a tv estava ligada, a porta aberta, as luzes acesas e o Ray Charles se esbaldando de cantar 'Georgia'. Abri a despensa: uma lata de inseticida sorriu para mim. Estava quase vazia. Meu Deus, como alguém pode deixar acabar o inseticida????? Peguei. Cobrimos nossas cabeças com toalhas e ficamos espreitando pelo corredor onde estava a kenga da barata.

Tava lá, esplendorosa. Sentada na poltrona, assistindo Ray Charles. As antenonas balançando. Tava curtindo, a cara de pau! Voou. Corremos. Voltamos. Tava lá, de novo, só que mais perto do corredor, no teto. Se ela não voasse, podíamos até pegar umas vassouras e cacetar nela. Mas ela voava, então, nada feito. Como ela estava se aproximando, usei o inseticida. E quase apanhei da Amiga, por que ela disse que estava longe demais, e eu usei nossa única arma.

Como assim "longe demais"??? Se eu tivesse coragem para chegar perto, eu estraçalhava aquela nojeira!

Passaram-se horas e a barata não se movia. Continuava lá, no teto. Acho até que estava tonta, mas não caía! Precisava de um inseticida a todo custo, eu pagaria 100 paus em um, se tivesse. Revirei a casa toda. Achei querosene. Pensei em jogar para cima, depois riscar um fósforo. Não era uma boa idéia. Não havia nada em spray! Nem um Bom Ar! Até que achei uma latinha de spray. E me decidi a usar.

- O que é isso?

- É spray de cabelo. Isso sempre me deixa tonta, não é possível que não funcione! Além disso, ela tem antenas, pode ser que endureça, sei lá! Psssssshiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.

Ficamos tontas, mas a barata não. Dei cobertura para Amiga ir buscar quantas vassouras ela aguentasse carregar. Voltou com duas. E continuamos a espera de que ela caísse. Daí, a kenga voou, pousou no sofá... ficou lá sambando. Ninguém mata. Ia sujar a poltrona da poderosa chefona. Então, aconteceu o que esperávamos: ela caiu! De barriga para cima ainda! Tava tonta, eu sabia que ia funcionar o spray de cabelo!! Ela caiu e então avançamos. Quem estivesse observando da janela, poderia crer que estávamos espancando algum gato. Foram tantas cacetadas, tantos gritos de guerra, que nem sei como não chamaram a polícia.

Morreu. Depois de varrermos o cadáver e passarmos desifetante no chão, voltamos para assistir o filme. Claro que ninguém sentou na poltrona, não somos loucas de sentar onde aquela figura satânica estava sentada. Fechamos as janelas, as portas, para evitar que as colegas dela viessem para o enterro. E assistimos o resto do filme, suando em bicas e de olho em qualquer vulto.

Eu só queria entender por que as baratas só aparecem quando nossos pais não estão em casa.

Poderosa Chefona chegou ontem e limpou a poltrona todinha com água sanitária e desinfetante. Ficou puta quando viu que usei o spray de cabelo dela. Era questão de vida ou morte.

Para quem quer saber, o nome era Aspa. Mais eficiente que muito Baygon que tem por aí."

Nenhum comentário: