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quarta-feira, 27 de junho de 2007

Anarriê!! (É por iiiiiiiiiiisso que Caruaru é a Capital do Forró)

O maior São João do Mundo (coisa de pernambucano mesmo... tudo aqui é o "maior de alguma coisa": maior avenida em linha reta, maior shopping center da América Latina, maior num sei quê lá de num sei daonde...) me decepcionou.
Caruaru não foi nem de longe como eu esperava. Pegamos um buzão pra ir tipo uma excursão, maior barca furada. Descemos num lugar chamado Alto do Moura, que me disseram ser o point do local. Puta que pariu!! Parecia o campo grande no carnaval, sem os gatinhos da concentração, é claro. Gente pra bater de pau, todo mundo no meio da rua, impedindo quem quisesse de circular. Tinha um posto de uma rádio que ficava tocando as músicas, um forró meio lambada, meio arrocha, mais pro brega do que pra outra coisa. Os bares, lotados, serviam cerveja quente em copo plástico (hereges) e não tinham mais o que servir para comer.
Agora me diga: Por que sair de Recife pra ir prum bar lá na casa da porra se aqui eu teria mais conforto?? Gente, não tinha um trio de sanforneiros, tocando aquele forrozinho pé de serra, não tinha nem onde dançar forró! Eu mal conseguia usar meu chapéu, pois eu andava e ele ficava preso na multidão, engarguelando meu pescoço!!!
Era a visão do inferno.
Voltamos pro ônibus e rumamos pra Caruaru. Ô ônibus foi um caso a parte. Os organizadores ficaram bêbados, soltando piadas amarelas por minuto.Pegaram um microfone e ora falavam besteira (eles passaram um hora falando de um amendoim de uma das passageiras), ora cantavam. Até aí, tava dando pra aguentar. O problema foi quando uma infeliz de uma passageria resolveu pegar o microfone e se esgoelar, cantando nele. Só capela. Era a mulher se esganiçando a viagem inteira. Ela realmente acreditava que estava cantando. Quando não gritava as músicas com as letras erradas, ficava só no "nan nan nan". Caraléos!!! Tive que segurar a vontade de pegar aquele microfone e dar nela! Kenga.
Bom, chegando a Caruaru, realmente me impressionei com a estrutura. E foi só. Nada de trio nordestino, sanfoneiros ou forró pé de serra. O show do palco principal deixava a desejar, umas bandas desconhecidas, longe de ser do autêntico forró. Os bares da praça cobravam 25 reais por PESSOA somente pra sentar, mais 100 reais pra consumir. Um assalto!
Depois de muito mau humor e cara de cu, voltamos pro ônibus pra dormir. Dormir. E foi essa a nossa noite de São João, no maior São João do mundo. Tava mais pra ilha quadrada.

Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaas, pra compensar, no domingo pegamso o Trem do Forró. E dessa vez, sim, nos divertimos. Muita animação, forró, sanfoneiros... Descemos no Cabo de Sto Agostinho e até dançamos quadrilha, foi muuuuuito divertido. Ali sim, eu vivi o espírito do São João.

Dessa parte só sobraram boas lembranças e uma gripe miserenta.

Cest La vie, mizifi.

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